Foto: Stringer
Na última terça-feira (6), o Conselho Judicial emitiu as sentenças para os acusados de envolvimento no ataque em Trípoli, em agosto de 2008, que matou 13 soldados.
Os indiciados, membros de 3 células radicais islâmicas, estavam espalhados estrategicamente, em bases dentro de campos de refugiados palestinos em todo o país.
A decisão, que não pode ser anulada, causou revolta nos defensores dos sentenciados, inclusive nos seguidores do Sheikh salafista Tareq Merhi, que foi condenado a 15 anos de trabalhos forçados. Cinco pessoas receberam pena de morte, outras 8 pessoas receberam a mesma sentença do sheikh, e outros 7 foram sentenciados a 10 anos de trabalhos forçados.
Mohammad Sablouh, advogado de defesa dos acusados, disse que a decisão do Conselho Judicial, foi injusta e arbitrária, onde cada pessoa foi julgada 3 ou 4 vezes anteriormente, em outros tribunais, e com a mesma carga. O advogado afirmou que isto é uma clara violação do código penal libanês, que proíbe que uma pessoa seja julgada pelo mesmo crime duas vezes.
Sablouh também contrariou, a indenização obrigatória dos condenados aos familiares dos soldados mortos nos ataques, alegando que algumas pessoas foram condenadas por envolvimento no ataque, e outros, simplesmente por terem contrabandeado membros do Fatah al-Islam. E disse ainda, que todos receberam uma pena muito dura, sem qualquer prova ou testemunha, para provar ou negar a evidência.
Seguidores do sheikh salafista, protestaram a decisão judicial em Trípoli, na última sexta-feira (9), e marcharam pelas ruas da cidade, após as orações na Mesquita Amira, munidos de bandeiras negras e mensagens exigindo a libertação do clérigo, enquanto o exército libanês monitorava todo o protesto, com vários veículos militares, para preservar a segurança e evitar incidentes que pudessem desestabilizar a paz.
Claudinha Rahme
Gazeta de Beirute
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