sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Colômbia busca fórmulas para acabar com a crise do setor cafeeiro



A Colômbia está buscando colocar um fim na atual crise do setor cafeeiro, que é a pior em cerca de 40 anos, em um processo que vem sendo feito há sete meses através de 13 frentes econômicas e sociais. Essas passam pela avaliação do mercado mundial de café, as perspectivas dos cafés diferenciados, produtividade, rentabilidade e custos de produção, estabilização de preços, formalização de mão de obra, inovação no cultivo, mudança climática, cultivo de café robusta, taxa de câmbio, instituições cafeeiras. Além disso, há as Finanças do Fundo Nacional de Café, a gestão de risco no preço do grão e a família cafeeira, temas que em seu conjunto serão decisivos para mudar o rumo decadente do setor.

Atualmente, são mais de cinco empresas consultoras que avançam no trabalho de diagnóstico de cada um desses pontos. No mês de novembro, durante o Congresso Cafeeiro, a Comissão para Estudo da Política e da Institucionalidade Cafeeira, dirigida por Juan José Echavarría, divulgará o diagnóstico da realidade cafeeira do país. Nesse cenário, onde haverá a participação do Movimento pela Dignidade Cafeeira, espera-se definir a rota para solucionar os problemas estruturais que hoje afetam esse setor com o animo de torná-lo novamente competitivo frente ao atual contexto econômico global.

A baixa produtividade é citada como o maior problema da cafeicultura. Enquanto no país a produtividade média oscila entre 6 e 9 cargas por hectare, no Brasil é de 25 e na Costa Rica, 14. Além disso, o preço internacional do grão se converteu na grande “dor de cabeça” dos cafeicultores. De fato, atualmente é o mais baixo dos últimos cinco anos – 422.500 pesos (US$ 217,224) por carga de 125 quilos. Em declarações anteriores, Echavarría disse que há a necessidade de trabalhar em esquemas de estabilização de preços para que esses não gerem trauma nos produtores por sua alta volatilidade.

A falta de inovação para entrar em novos mercados tem sido catalogada como o grande vazio do setor. Para especialistas, há um evidente atraso em matéria e comercialização e tem faltado, para alguns, estimular os produtores para que entrem em mercados com valor ou em elos mais avançados da cadeia.

A opção de cultivar café robusta tem dividido opiniões. Por um lado, está a posição radical do gerente da Federação de Cafeicultores, Luis Genaro Muñoz, que se nega a cultivar variedades diferentes de café, a não ser o arábica, por ser tradicionalmente um país de arábicas suaves com nichos de valor agregado. Por outro, estão os defensores dessa medida sugerida por técnicos que afirmam que, dependendo de um só tipo de café, os membros do negócio perdem a margem de manobra, possibilidades de ação e fontes de compensação.

Especialistas consultados concordam que a institucionalidade cafeeira deve passar por um processo de modernização visando sair do estado de inflexibilidade. A Federação de Cafeicultores é questionada por regulamentar demais o mercado e pela estrutura burocrática e, nesse sentido, serão propostas mudanças.

Ainda que a recuperação da produção cafeeira seja evidente e se mostre um bom caminho para alcançar a meta de 10 milhões de sacas, os baixos preços do grão seguem sendo o principal motivo de preocupação para os produtores. O consultor privado, Juan José Perfetti, disse que “é lamentável que não sincronizamos a produção com o comportamento dos preços, pois isso teria melhorado sem dúvida o nível de receitas dos cafeicultores”.

A reportagem é do http://www.expansion.com, adaptada pelo CafePoint

postado há 1 dia atrás

A Colômbia está buscando colocar um fim na atual crise do setor cafeeiro, que é a pior em cerca de 40 anos, em um processo que vem sendo feito há sete meses através de 13 frentes econômicas e sociais. Essas passam pela avaliação do mercado mundial de café, as perspectivas dos cafés diferenciados, produtividade, rentabilidade e custos de produção, estabilização de preços, formalização de mão de obra, inovação no cultivo, mudança climática, cultivo de café robusta, taxa de câmbio, instituições cafeeiras. Além disso, há as Finanças do Fundo Nacional de Café, a gestão de risco no preço do grão e a família cafeeira, temas que em seu conjunto serão decisivos para mudar o rumo decadente do setor.

Atualmente, são mais de cinco empresas consultoras que avançam no trabalho de diagnóstico de cada um desses pontos. No mês de novembro, durante o Congresso Cafeeiro, a Comissão para Estudo da Política e da Institucionalidade Cafeeira, dirigida por Juan José Echavarría, divulgará o diagnóstico da realidade cafeeira do país. Nesse cenário, onde haverá a participação do Movimento pela Dignidade Cafeeira, espera-se definir a rota para solucionar os problemas estruturais que hoje afetam esse setor com o animo de torná-lo novamente competitivo frente ao atual contexto econômico global.

A baixa produtividade é citada como o maior problema da cafeicultura. Enquanto no país a produtividade média oscila entre 6 e 9 cargas por hectare, no Brasil é de 25 e na Costa Rica, 14. Além disso, o preço internacional do grão se converteu na grande “dor de cabeça” dos cafeicultores. De fato, atualmente é o mais baixo dos últimos cinco anos – 422.500 pesos (US$ 217,224) por carga de 125 quilos. Em declarações anteriores, Echavarría disse que há a necessidade de trabalhar em esquemas de estabilização de preços para que esses não gerem trauma nos produtores por sua alta volatilidade.

A falta de inovação para entrar em novos mercados tem sido catalogada como o grande vazio do setor. Para especialistas, há um evidente atraso em matéria e comercialização e tem faltado, para alguns, estimular os produtores para que entrem em mercados com valor ou em elos mais avançados da cadeia.

A opção de cultivar café robusta tem dividido opiniões. Por um lado, está a posição radical do gerente da Federação de Cafeicultores, Luis Genaro Muñoz, que se nega a cultivar variedades diferentes de café, a não ser o arábica, por ser tradicionalmente um país de arábicas suaves com nichos de valor agregado. Por outro, estão os defensores dessa medida sugerida por técnicos que afirmam que, dependendo de um só tipo de café, os membros do negócio perdem a margem de manobra, possibilidades de ação e fontes de compensação.

Especialistas consultados concordam que a institucionalidade cafeeira deve passar por um processo de modernização visando sair do estado de inflexibilidade. A Federação de Cafeicultores é questionada por regulamentar demais o mercado e pela estrutura burocrática e, nesse sentido, serão propostas mudanças.

Ainda que a recuperação da produção cafeeira seja evidente e se mostre um bom caminho para alcançar a meta de 10 milhões de sacas, os baixos preços do grão seguem sendo o principal motivo de preocupação para os produtores. O consultor privado, Juan José Perfetti, disse que “é lamentável que não sincronizamos a produção com o comportamento dos preços, pois isso teria melhorado sem dúvida o nível de receitas dos cafeicultores”.

A reportagem é do http://www.expansion.com, adaptada pelo CafePoint

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