sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Farsi é incluso no currículo de escolas afiliadas ao Hezbollah - LÍBANO


Foto: albayanschools

O Farsi, idioma oficial da diáspora iraniana e também do Afeganistão e Tajiquistão, além de outras minorias em outros países árabes, foi inserido este ano ao currículo escolar obrigatório das escolas privadas do Dahiyeh, juntamente com o árabe. 

As escolas afiliadas ao Hezbollah, como Al-Bayan Institute, Al-Mahdi, Al-Mustafa e outras, poderão optar ainda, entre estudar o inglês e o francês, como idioma estrangeiro secundário. Porém, o cronograma escolar, da rede pública de ensino não adotou a mudança, segundo declarou o Ministério da Educação.

As instituições privadas e sectárias da região, afiliadas ao Hezbollah, são muito procuradas pelos pais, e estão em constante crescimento. A qualidade e a educação, do nível fundamental e médio, costuma ser superior à oferecida pela rede pública de ensino. 

Tal qualidade acadêmica é ainda mais aprimorada com a influência religiosa e política, onde os alunos, além de serem religiosos, costumam ser disciplinados e bem educados, e ainda recebem aulas de táticas militares, com os princípios da revolução iraniana.

O cronograma ao longo das 7hs diárias que os estudantes encaram, conta com duas pequenas pausas, e aulas de estudos sociais e geografia, até filosofia. De acordo com o diretor de uma dessas escolas, a busca por essas instituições, não é apenas pelo aperfeiçoamento acadêmico, mas também por instruções morais e éticas, que vêm acompanhadas de rigorosas regras. Como por exemplo, a obrigatoriedade às meninas a partir de nove anos, do uso do véu, realizado numa grande cerimônia coletiva, onde todas colocam o seu primeiro véu, vestidas de branco, em sinal de castidade. 

 As qualificações para a contratação do corpo docente educativo são rigorosas, com treinamento intensivo, e reciclagem de profissionais, além dessas escolas oferecerem mais recursos e maior infraestrutura do que as escolas da rede pública. 

Os projetos especiais oferecidos são financiados, pelo Irã, Qatar e Malásia, o que também permite à escola, oferecer bolsas de estudo para cobrir as despesas anuais de $ 765 por aluno, e filhos de mártires, por exemplo, estudarem gratuitamente.


 Claudinha Rahme 
Gazeta de Beirute


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