quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Emergentes avançam no combate à fome


Relatório da FAO aponta que nações em desenvolvimento fizeram progressos significativos para reduzir pela metade proporção de pessoas que passam fome. Total de 62 países já bateram as metas do milênio. Brasil é um deles.


São Paulo – Um relatório da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) afirma que os países em desenvolvimento fizeram progressos significantes para reduzir pela metade a proporção de pessoas com fome. A meta para 2015 foi acordada como parte dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio e até outubro deste ano 62 países já a atingiram, sendo que outros seis estão a caminho de alcançá-la, segundo a FAO.

Entre as nações que atingiram as metas está o Brasil. O número de famintos caiu em cerca de dez milhões de pessoas em vinte anos, de 1992 a 2013, de 22,8 milhões de pessoas para 13,6 milhões de pessoas. A base para a contagem é de 1990 e o objetivo das Nações Unidas é que a redução ocorra até 2015. O Brasil, de acordo com a FAO superou os 54%, já que em 1990, 15% dos brasileiros passavam fome. Hoje eles somam 6,9% dos habitantes.

O documento da organização mostra que houve redução no mundo da quantidade de pessoas que passam fome. O número de cidadãos com fome crônica no período de 2011 e 2013 era de 842 milhões, aproximadamente uma em cada oito. A quantidade é menor do que os 868 milhões do período 2010-2012, segundo o estudo “Situação de Insegurança Alimentar no Mundo”, publicado pela FAO, pelo Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Ifad) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA).

De acordo com o levantamento, dos famintos, apenas 15,7 milhões vivem em países desenvolvidos. Os demais estão em nações em desenvolvimento. A FAO afirma que o crescimento econômico das regiões em desenvolvimento melhorou a renda e o acesso à alimentação. A maior disponibilidade de alimentos a organização atribui ao crescimento da produtividade agrícola, favorecido pelo maior investimento público e interesse de investidores privados no segmento. Também a remessa do dinheiro de migrantes ajudou.

A maior parte dos que passam fome está no Sul da Ásia, onde são 295 milhões de pessoas, seguida pela África Subsaariana, com 223 milhões de famintos, e Ásia Oriental, com 167 milhões. Segundo a FAO, a África Subsaariana teve apenas um progresso modesto nos últimos anos. Regiões como Sul da Ásia e Norte da África tiveram avanços lentos. Não houve progresso na Ásia Ocidental e ocorreram reduções mais substanciais na Ásia Oriental, Sudeste da Ásia e América Latina. De acordo com a organização, se o declínio anual das regiões em desenvolvimento seguir, será atingido nível próximo do proposto para o combate à fome.

Nenhum comentário:

Postar um comentário