As pessoas que se identificam mais com as ideias associadas à esquerda são mais
jovens e têm escolaridade consideravelmente melhor. Mas ganham menos.
É o que mostra a última pesquisa nacional do Datafolha sobre as inclinações ideológicas da população.
Os esquerdistas, que representam 10% dos entrevistados e são mulheres em sua maioria (56%), têm 35 anos de idade, em média, cinco a menos que o observado em todo o país.
Na escolaridade, o universo dos esquerdistas é o único onde mais de 20% das pessoas têm ensino superior. No polo oposto, é ainda o grupo que tem o menor contingente de pessoas com ensino apenas fundamental, 30% ante 52% no grupo dos direitistas.
Em compensação, é a direta também que tem o maior agrupamento de pessoas no recorte mais baixo de renda, até R$ 1.356 por mês.
A pesquisa mostra ainda que os diferentes segmentos ideológicos estão distribuídos de forma mais ou menos parecida pelo país.
Em relação à média, a esquerda é um pouco mais intensa no nordeste, um pouco menos intensa no sul. Com os direitistas ocorre exatamente o oposto.
O Datafolha ouviu 4.557 pessoas nos dias 28 e 29 de novembro. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
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