As temperaturas altas e o clima seco nas principais regiões produtoras de café em Minas Gerais e no país já afetaram o desenvolvimento dos grãos da temporada 2014/15. Com o comprometimento de parte da safra, os preços pagos estão em elevação. Em Guaxupé, no Sul de Minas, a safra de 60 quilos do arábica tipo 6 bebida dura, que no início do ano estava em torno de R$ 290, subiu para R$ 421, valorização de 45,17%. A tendência é que o mercado se mantenha firme.
De acordo com os pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o cenário climático tem elevado expressivamente os preços externos e domésticos do arábica. Desde o começo deste mês, o Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, já subiu 33,25%, ou quase R$ 117,37 reais por saca, fechando a R$ 404,16 por saca de 60 quilos na quarta-feira.
Ainda segundo o Cepea, na Bolsa de Nova York o contrato de arábica com vencimento em maio subiu expressivos 1.255 pontos, ou 9%, no dia 18 de fevereiro, fechando a 154,85 centavos de dólar por libra-peso. Esse foi o maior valor desde janeiro de 2013 e a variação diária mais intensa em quase 10 anos.
O levantamento do Cepea, em relação ao rendimento da safra 2014/15, aponta que muitos danos causados pelas altas temperaturas e pela seca poderão ser irreversíveis. Porém, ainda não há dados oficiais em relação às perdas, que serão contabilizadas com o início da colheita, previsto para abril.
Segundo pesquisadores do Cepea, a estiagem pode inclusive prejudicar o desenvolvimento da safra 2015/16. Isso porque a falta de umidade pode debilitar as plantas, interferindo no vigor e na produtividade dos cafezais.
Danos
Para o consultor associado da Safras & Mercados Gil Barabach, o clima atípico para o período - escassez de chuvas e elevadas temperaturas - tem causado danos graves aos cafezais, o que irá comprometer o rendimento da safra. Com a possibilidade de queda no volume de café a ser disponibilizado ao longo de 2014 e 2015, quando se esperava alta na produção, os preços foram alavancados. "A falta de água vem afetando o período crucial do desenvolvimento da safra de café - a formação dos grãos - e este quadro se agravou no terceiro fim de semana de fevereiro, quando se esperavam chuvas, mas que vieram em volumes insuficientes."
Segundo ele, as estimativas preliminares apontam para uma quebra de safra entre 20% e 40%. "Este fator criou um pânico no mercado, provocando a alta significativa dos preços. Somente em dois dias, os preços subiram mais de 20%", observa Barabach.
A tendência é de que os preços se mantenham valorizados. "Mesmo que as precipitações ocorram em volumes maiores que os vistos até o momento, não serão suficientes para corrigir todos os danos já provocados aos cafezais. Temos certeza de que parte da safra foi afetada e teremos uma resposta produtiva abaixo do esperado, o que irá sustentar, pelo menos, boa parcela da alta do café", disse.
As informações são do Diário do Comércio, adaptadas pelo CaféPoint
De acordo com os pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o cenário climático tem elevado expressivamente os preços externos e domésticos do arábica. Desde o começo deste mês, o Indicador Cepea/Esalq do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, já subiu 33,25%, ou quase R$ 117,37 reais por saca, fechando a R$ 404,16 por saca de 60 quilos na quarta-feira.
Ainda segundo o Cepea, na Bolsa de Nova York o contrato de arábica com vencimento em maio subiu expressivos 1.255 pontos, ou 9%, no dia 18 de fevereiro, fechando a 154,85 centavos de dólar por libra-peso. Esse foi o maior valor desde janeiro de 2013 e a variação diária mais intensa em quase 10 anos.
O levantamento do Cepea, em relação ao rendimento da safra 2014/15, aponta que muitos danos causados pelas altas temperaturas e pela seca poderão ser irreversíveis. Porém, ainda não há dados oficiais em relação às perdas, que serão contabilizadas com o início da colheita, previsto para abril.
Segundo pesquisadores do Cepea, a estiagem pode inclusive prejudicar o desenvolvimento da safra 2015/16. Isso porque a falta de umidade pode debilitar as plantas, interferindo no vigor e na produtividade dos cafezais.
Danos
Para o consultor associado da Safras & Mercados Gil Barabach, o clima atípico para o período - escassez de chuvas e elevadas temperaturas - tem causado danos graves aos cafezais, o que irá comprometer o rendimento da safra. Com a possibilidade de queda no volume de café a ser disponibilizado ao longo de 2014 e 2015, quando se esperava alta na produção, os preços foram alavancados. "A falta de água vem afetando o período crucial do desenvolvimento da safra de café - a formação dos grãos - e este quadro se agravou no terceiro fim de semana de fevereiro, quando se esperavam chuvas, mas que vieram em volumes insuficientes."
Segundo ele, as estimativas preliminares apontam para uma quebra de safra entre 20% e 40%. "Este fator criou um pânico no mercado, provocando a alta significativa dos preços. Somente em dois dias, os preços subiram mais de 20%", observa Barabach.
A tendência é de que os preços se mantenham valorizados. "Mesmo que as precipitações ocorram em volumes maiores que os vistos até o momento, não serão suficientes para corrigir todos os danos já provocados aos cafezais. Temos certeza de que parte da safra foi afetada e teremos uma resposta produtiva abaixo do esperado, o que irá sustentar, pelo menos, boa parcela da alta do café", disse.
As informações são do Diário do Comércio, adaptadas pelo CaféPoint
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