Causou incômodo entre entidades e cooperativas rurais a última estimativa de safra de café divulgada pelo IBGE. Motivos de grande preocupação para produtores de todo o país, a severa estiagem dos últimos meses e a broca-do-café não teriam impactado a produção do grão segundo o estudo que, pelo contrário, aponta acréscimo de 0,1% em relação à safra anterior. A estimativa é fortemente criticada pelo setor produtivo, que calcula perdas de até 45% em algumas regiões.
O diretor da FAEMG e presidente das comissões de café da entidade e da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Breno Mesquita é categórico ao afirmar: “Não sabemos em que se baseou, mas a previsão do IBGE vai contra tudo o que, nesse momento, o setor produtivo já sabe muito bem, pelo seu dia-a-dia. A estiagem afetou muito fortemente a safra atual, com perdas já para 2015, inclusive. Assim como a broca, que já causou impactos comprovados no volume e na qualidade da produção. Não há possibilidade alguma de colhermos as 48,7 milhões de sacas que o IBGE anunciou há poucos dias”.
Breno Mesquita diz que além do acompanhamento feito continuamente pela entidade junto aos produtores, a quebra também é confirmada por diversas entidades de muito peso para o setor em Minas Gerais, maior estado produtor: “A Cooxupé, que conta com sistema de georreferenciamento muito respeitado, aponta para 30% de perda; percentual idêntico ao apontado pela Fundação Procafé. A Epamig também já tem dados de redução em 45% em propriedades do Sul de Minas, de 25% na região de Machado e 20% em São Sebastião do Paraíso. São todas entidades idôneas e com anos de expertise em café”.
Com base no desencontro dos números, o diretor da FAEMG afirma que a entidade não valida a previsão feita pelo órgão oficial do governo e alerta: “Essa indicação superestimada da safra não apenas não retrata as perdas ocorridas do início do ano para cá, como trará ainda problemas para o setor produtivo, ao sinalizar para o mercado uma disponibilidade que não existe. Podemos já acreditar que esses números desencontrados certamente atrapalharão o planejamento para o escoamento da safra e para a elaboração das políticas necessárias ao setor”, disse.
Fonte: Faemg
Breno Mesquita diz que além do acompanhamento feito continuamente pela entidade junto aos produtores, a quebra também é confirmada por diversas entidades de muito peso para o setor em Minas Gerais, maior estado produtor: “A Cooxupé, que conta com sistema de georreferenciamento muito respeitado, aponta para 30% de perda; percentual idêntico ao apontado pela Fundação Procafé. A Epamig também já tem dados de redução em 45% em propriedades do Sul de Minas, de 25% na região de Machado e 20% em São Sebastião do Paraíso. São todas entidades idôneas e com anos de expertise em café”.
Fonte: Faemg
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