Notícias Agrícolas - 12/06/2014
Um chinês toma, em média, cinco xícaras de café por ano, mas na pequena cidade de Fushan, na província de Hainan, no sul da China, este número chega a 200 xícaras por ano. O volume de café consumido pelos chineses ainda está bem abaixo da média mundial, que é de 240 xícaras, porém, empresários internacionais que investem no setor apostam em uma rápida mudança de hábitos, de acordo com o site China Daily.
Informações da Associação de Café da China Beijing (CCAB) indicam que o consumo de café está crescendo no país a um nível anual de 15%, o que é quase sete vezes maior do que a média mundial.
“Eu não acredito que a China se tornará o maior consumidor mundial de café na próxima década, mas com tantas famílias entrando para a classe média a cada ano, os chineses estão claramente tomando cada vez mais café”, informou David Kiwanuka, um negociador de café da Beijing Chenao Coffee Co., uma joint venture entre Uganda e China.
A cidade número 1 do café na China
A cidade de Fushan, na província de Hainan, onde produtores rurais começaram a produzir café em 1930, nutriu uma importante cultura de consumo da bebida. Quase 100 empresas de diferentes países abriram lojas para promover suas marcas na cidade.
“Eu fiquei impressionado de ver como os chineses amam tomar café. Eles começaram a mostrar grande interesse pelo café, o que me fez ver um grande potencial de mercado no país”, informou Melaku Legesse, cônsul do Consulado Geral da República Democrática da Etiópia em Guangzhou, capital da província chinesa de Guangdong.
De acordo com a CCAB, o consumo de café na China continua crescendo de 15% a 20% anualmente, fazendo com que o país se torne o mercado mais atrativo para a indústria do café até o ano 2020.
Grãos ou folhas?
Apesar da rápida expansão do consumo, o presidente da CCAB, Ji Ming, afirma que é pouco provável que o café tome o lugar do chá como a bebida de preferência dos chineses, dada a longa tradição do país.
Marcas estrangeiras de café foram levadas para a China durante os anos 80. Atualmente, importante marcas como Nestlé e Starbucks têm um importante papel na criação da cultura de consumo de café no país.
Ji afirmou que a cultura de consumo de café já é popular em cidades grandes como Pequim e Shanghai e também em províncias do Sul como Hainan e Fujian. Mas na maior parte das outras regiões, o café ainda é um produto ocidental “caro”.
“Mesmo em Pequim e Shanghai, o nível de consumo de café continua bem mais baixo que as 30 xícaras per capita”, disse Ji, acrescentando que a cultura de café no país ainda não é suficientemente desenvolvida.
Annie Huang, diretora geral do Comitê “Food and Dining Culture” do Instituto de Pesquisa de Cultura Alimentar de Guangdong informou que a nova geração da China têm maior poder de compra e pode pagar mais por novas experiências, como provar um café de qualidade. “Para eles, a Starbucks representa uma experiência de luxo. Muitos jovens são atraídos mais pela marca do que pelo café, propriamente dito. Eles sabem qual tipo de chá tem boa qualidade, mas ainda não sabe reconhecer um bom café”, afirmou Huang.
Por outro lado, a diretora do comitê admitiu que existe um enorme potencial de consumo e que a cultura de tomar café ainda não atingiu seu auge na China.
Crescimento das marcas locais
O mercado de café da China ainda é dominado por marcas estrangeiras. Starbucks, Barista Coffe e Blenz já têm sua parcela no mercado de café espresso, enquanto Nestlé e Maxwell House já tomaram conta do mercado de café instantâneo.
Desde que abriu suas portas no país em 1999, a Starbucks já tem 1.001 unidades. A empresa pretende ter 1.500 unidades até 2015 no país.
Além disso, um crescente número de marcas locais também irão ajudar a cultivar e revigorar o mercado. “Residentes da cidade de Fushan, sejam jovens ou velhos, gostam de passar seu tempo em cafeterias”, disse Xu Shibing, presidente da Hainan Coffee Association. O café chinês é produzido principalmente nas províncias de Yunnan, Hainan e Sichuan.
O café produzido em Yunnan representa mais de 90% da produção chinesa, mas metade da produção tem sido exportada como matéria prima nos últimos anos.
Um chinês toma, em média, cinco xícaras de café por ano, mas na pequena cidade de Fushan, na província de Hainan, no sul da China, este número chega a 200 xícaras por ano. O volume de café consumido pelos chineses ainda está bem abaixo da média mundial, que é de 240 xícaras, porém, empresários internacionais que investem no setor apostam em uma rápida mudança de hábitos, de acordo com o site China Daily.
Informações da Associação de Café da China Beijing (CCAB) indicam que o consumo de café está crescendo no país a um nível anual de 15%, o que é quase sete vezes maior do que a média mundial.
“Eu não acredito que a China se tornará o maior consumidor mundial de café na próxima década, mas com tantas famílias entrando para a classe média a cada ano, os chineses estão claramente tomando cada vez mais café”, informou David Kiwanuka, um negociador de café da Beijing Chenao Coffee Co., uma joint venture entre Uganda e China.
A cidade número 1 do café na China
A cidade de Fushan, na província de Hainan, onde produtores rurais começaram a produzir café em 1930, nutriu uma importante cultura de consumo da bebida. Quase 100 empresas de diferentes países abriram lojas para promover suas marcas na cidade.
“Eu fiquei impressionado de ver como os chineses amam tomar café. Eles começaram a mostrar grande interesse pelo café, o que me fez ver um grande potencial de mercado no país”, informou Melaku Legesse, cônsul do Consulado Geral da República Democrática da Etiópia em Guangzhou, capital da província chinesa de Guangdong.
De acordo com a CCAB, o consumo de café na China continua crescendo de 15% a 20% anualmente, fazendo com que o país se torne o mercado mais atrativo para a indústria do café até o ano 2020.
Grãos ou folhas?
Apesar da rápida expansão do consumo, o presidente da CCAB, Ji Ming, afirma que é pouco provável que o café tome o lugar do chá como a bebida de preferência dos chineses, dada a longa tradição do país.
Marcas estrangeiras de café foram levadas para a China durante os anos 80. Atualmente, importante marcas como Nestlé e Starbucks têm um importante papel na criação da cultura de consumo de café no país.
Ji afirmou que a cultura de consumo de café já é popular em cidades grandes como Pequim e Shanghai e também em províncias do Sul como Hainan e Fujian. Mas na maior parte das outras regiões, o café ainda é um produto ocidental “caro”.
“Mesmo em Pequim e Shanghai, o nível de consumo de café continua bem mais baixo que as 30 xícaras per capita”, disse Ji, acrescentando que a cultura de café no país ainda não é suficientemente desenvolvida.
Annie Huang, diretora geral do Comitê “Food and Dining Culture” do Instituto de Pesquisa de Cultura Alimentar de Guangdong informou que a nova geração da China têm maior poder de compra e pode pagar mais por novas experiências, como provar um café de qualidade. “Para eles, a Starbucks representa uma experiência de luxo. Muitos jovens são atraídos mais pela marca do que pelo café, propriamente dito. Eles sabem qual tipo de chá tem boa qualidade, mas ainda não sabe reconhecer um bom café”, afirmou Huang.
Por outro lado, a diretora do comitê admitiu que existe um enorme potencial de consumo e que a cultura de tomar café ainda não atingiu seu auge na China.
Crescimento das marcas locais
O mercado de café da China ainda é dominado por marcas estrangeiras. Starbucks, Barista Coffe e Blenz já têm sua parcela no mercado de café espresso, enquanto Nestlé e Maxwell House já tomaram conta do mercado de café instantâneo.
Desde que abriu suas portas no país em 1999, a Starbucks já tem 1.001 unidades. A empresa pretende ter 1.500 unidades até 2015 no país.
Além disso, um crescente número de marcas locais também irão ajudar a cultivar e revigorar o mercado. “Residentes da cidade de Fushan, sejam jovens ou velhos, gostam de passar seu tempo em cafeterias”, disse Xu Shibing, presidente da Hainan Coffee Association. O café chinês é produzido principalmente nas províncias de Yunnan, Hainan e Sichuan.
O café produzido em Yunnan representa mais de 90% da produção chinesa, mas metade da produção tem sido exportada como matéria prima nos últimos anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário