Posted: 25 Sep 2014 12:12 PM PDT
A participação das fontes de energia renováveis na matriz elétrica brasileira, que atualmente é
de 78,4%, será elevada ao patamar de 86,1% em 2023. A expansão na geração de energia eólica representará fatia significativa deste crescimento. No final de 2012, o setor eólico representava cerca de 2% de toda a capacidade instalada no Brasil. Até o final de 2023, essa fatia deverá chegar a 11%. Os dados são do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE-2023). Apenas em 2015, está prevista expansão de 6 gigawatts (GW) da capacidade instalada de energia eólica no Brasil. Isso levará o País a ocupar a segunda posição em expansão de eólica no mundo, atrás apenas da China, e superando a Alemanha. Em 2014 a produção de energia solar brasileira era cerca de 4,5 GW e a projeção para 2015 é de 10,5 GW. A presidenta Dilma Rousseff comentou esse crescimento nesta terça-feira (23), em entrevista a jornalistas após a Cúpula do Clima, na sede das Nações Unidas em Nova Iorque. “Nós teremos a segunda maior expansão do mundo no ano que vem, se os demais países mantiverem a expansão de hoje. É muito significativo (…), porque é uma presença de uma fonte alternativa muito importante e, ao mesmo tempo, uma fonte que está estabilizando o seu custo, está reduzindo seu custo de kilowatt instalado e também aumentando seu grau de eficiência”, avaliou. Em relação ao potencial de geração de energia eólica, o País ocupava a 15ª posição em 2013 e deverá alcançar a 10ª este ano. Em 2015 deverá chegar à 7ª posição do ranking mundial. Atualmente, o país tem cerca de 200 parques eólicos em operação. O grande potencial do setor no Brasil tem atraído investidores de países como Espanha, Bélgica, Portugal e Itália, e contribuído para reduzir o custo da energia eólica. O próximo leilão, previsto para o dia 28 de novembro, tem 708 projetos inscritos, totalizando mais 700 megawatts na matriz energética brasileira. Redução de emissão de CO² De acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), a geração de energia eólica no Brasil evitou a emissão de um milhão de toneladas de CO² na atmosfera no primeiro semestre de 2014 e contribuirá para que o País chegue ao final do ano com um recorde de 3,25 milhões de toneladas mitigadas – duas vezes mais do que o total reduzido em 2013. A estimativa do setor é que a redução da poluição do ar graças à energia eólica se intensifique nos próximos anos porque o país está investindo pesadamente na área. Em média, são R$ 15 bilhões anualmente na construção de parques eólicos, expandindo de forma significativa a geração desse tipo de energia e contribuindo para reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera. Saiba mais sobre a expansão de energia eólica no Brasil |
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