Em Florianópolis (SC) a presidenta Dilma Rousseff afirmou que não vai deixar de participar, mas que acredita que os debates entre os candidatos à Presidência da República seriam melhores se fossem mais propositivos. “Eu tenho um conjunto de propostas a fazer, algumas delas que existem na realidade, como por exemplo Pronatec, Fies, Prouni, Minha Casa Minha Vida, o Bolsa Família e centenas de outras, que são concretas, podem ser aferidas e servem para qualquer debate”, explicou.
A presidenta destacou a atenção especial que deu aos pequenos municípios em seu governo, inclusive com a aquisição de equipamentos para manutenção de estradas vicinais, como retroescavadeiras, motoniveladoras e caminhões-caçamba, para todas as cidades com até 50 mil habitantes.
“As máquinas permitem que os municípios cuidem se suas estradas secundárias, importante inclusive para o escoamento da produção agrícola. São ações para aumentar o grau de autonomia e dar condições de operar em suas diferentes localidades”, disse Dilma.
Mais Segurança PúblicaNa área da Segurança Pública, por exemplo, Dilma propõe, entre outras ações, uma alteração na Constituição para que a União passe a ter corresponsabilidade nas ações e políticas públicas. “Eu considero que é necessário rever a forma pela qual as atribuições são articuladas”.
“Nos últimos anos, desde o governo Lula, temos tido uma experiência diferente. É fundamental ter ações articuladas, e não fragmentadas, unindo as polícias federais e estaduais, com o apoio das Forças Armadas, inclusive na política de fronteiras, onde destaco as experiências nas operações Sentinela e Ágata, com resultados concretos”, disse a presidenta.
Segundo Dilma, a Copa do Mundo mostrou o exemplo de conduta adequada de articulação no Centros de Comando e Controle. “Hoje as 12 cidades sede têm seus centros e vamos levá-los para as outras 15 capitais. Vamos construir infraestruturas coordenadas e articuladas porque essa é uma das questões mais graves da federação”, afirmou.
Dilma acredita que é necessário discutir o Pacto Federativo, mas primeiro com a questão da Segurança, que é urgente. “Não podemos aceitar hoje que o crime organizado faça ameaças veladas em alguns estados, como ocorreu recentemente. Não podemos aceitar que os governos estaduais enfrentem sozinhos organizações criminosas que não são locais. Não podemos deixar que a ofensiva contra o crime organizado seja fragmentada”, defendeu.
Santa Catarina“Tive excelente parceria com Santa Catarina, inclusive com o governador, e acho que o estado passa por uma nova era em que é possível crescer no agronegócio, na indústria e ter um conjunto de políticas, principalmente na prevenção de desastres naturais e parceira na área de Segurança. Acho que aqui avançamos muito na relação entre a União e o Estado”, disse Dilma.
Dilma lembrou que três portos no estado estão em obras e que foi melhorada de forma significativa a infraestrutura portuária de Santa Catarina. E citou a Ponte de Laguna: “Ela não estava prevista naquele formato, e foi toda refeita para poder compatibilizar o traçado exigido com o que era necessário do ponto de vista da logística”, explicou.
No caso da exportação, o estado teve grande participação na área de suínos. “Isso aparece na ampliação para os mercados asiático e agora com a Rússia, que há um ganho extraordinário”, disse a presidenta.
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