Diretora do escritório da OIT no Brasil, Laís Abramo destacou que é
fundamental que a agenda para a erradicação da miséria comporte o
trabalho decente, que vai além do emprego de qualidade
Brasília, 20 – Do total de 1 bilhão de pobres no mundo, dentro da linha de
1,25 dólar/dia, 375 milhões trabalham. O dado foi apresentado, nessa
quarta-feira (19), pela diretora do escritório da Organização Internacional
do Trabalho (OIT) no Brasil, Laís Abramo. Ela participou do painel “Uma
agenda de políticas para além da extrema pobreza”, no I Seminário
Internacional WWP – Um Mundo sem Pobreza, em Brasília.
“Esse número evidencia que o mercado de trabalho tanto pode ser um
“Esse número evidencia que o mercado de trabalho tanto pode ser um
lugar muito importante de reprodução da pobreza e desigualdade como
também pode ser a chave para a igualdade”, destacou.
Abramo lembrou que não é qualquer trabalho que permite às pessoas
Abramo lembrou que não é qualquer trabalho que permite às pessoas
superarem a pobreza e a extrema pobreza. “É fundamental que a agenda
para a erradicação da pobreza comporte o trabalho decente, que vai além
do emprego de qualidade, é multidimensional”, reforçou.
A diretora destacou que o Brasil já avançou nesse caminho e que o trabalho
A diretora destacou que o Brasil já avançou nesse caminho e que o trabalho
como um dos eixos para superação da pobreza está presente na agenda
atual do país. “A agenda do futuro precisa incluir uma política de escala
que dê conta das desigualdades. A linha chave é a inclusão produtiva.”
Para a diretora do Poverty Global Practice do Banco Mundial, Ana Revenga,
Para a diretora do Poverty Global Practice do Banco Mundial, Ana Revenga,
o crescimento do país nesta década refletiu no aumento da renda do trabalho
e na crescente formalização, mas o Brasil precisa focar agora em alçar os
40%, que se encontram entre os mais pobres, à classe média.
“Isso implica em elevar a produtividade dessas pessoas e promover a
“Isso implica em elevar a produtividade dessas pessoas e promover a
criação de empregos sustentáveis”, disse. Revenga falou da necessidade
de qualificar os mais pobres para que tenham competências e habilidades
para novos empregos.
“A educação e a capacitação influenciam a participação no mercado de trabalho.
“A educação e a capacitação influenciam a participação no mercado de trabalho.
É preciso investir no capital humano”, acrescentou. Para ela, as políticas
públicas devem focar no mercado, possibilitando mais oportunidades
para os mais pobres e reduzindo as desigualdades. “Temos que
interconectar os programas de transferência de renda com políticas
para emprego.”
No encerramento do seminário, a ministra do Desenvolvimento Social
No encerramento do seminário, a ministra do Desenvolvimento Social
e Combate à Fome, Tereza Campello, ressaltou que é preciso levar
direitos aos cidadãos e que o Estado tem que se fazer presente.
“Queremos levar oportunidades, inclusão, um trabalho melhor”,
disse. “Saímos daqui com uma agenda de trabalho e com uma
missão: ajudar a construir um mundo mais justo e sem pobreza.”
O I Seminário Internacional WWP – Um Mundo sem Pobreza é
O I Seminário Internacional WWP – Um Mundo sem Pobreza é
promovido pela Iniciativa Brasileira de Aprendizagem por um Mundo
sem Pobreza (www.wwp.org.br). O Banco Mundial, o Ministério do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a Secretaria de Assuntos
Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR) e o Centro
Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG)
do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud)
são parceiros nesta ação. O seminário conta também com o apoio do Centro RIO+.
Central de Atendimento do MDS:
0800-707-2003
Informações para a imprensa:
Ascom/MDS
(61) 2030-1021
www.mds.gov.br/saladeimprensa
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