Comerciante em Igaracy, no sertão da Paraíba, Whellington Costa conta como
os programas sociais transformaram a região na última década
Brasília, 14 – “Meu pai era comerciante. E quando dava seca, o pessoal vinha saquear,
quebrar o comércio. Ficava todo mundo aflito”, relembra Whellington Lima da Costa, 45
anos, do município de Igaracy, no sertão da Paraíba, com pouco mais de seis mil habitantes.
“Teve uma seca de dois anos, 2012 e 2013, comparada à de 1932. Passou e não tivemos
problema. Hoje todo mundo tem seu ganho.”
Dono de duas lojas – uma de pequenos equipamentos e suprimentos agrícolas e outra
de eletrodomésticos – na praça central da cidade, ele garante que as mudanças na
região, impulsionadas pelos programas sociais do governo federal, foram positivas
na última década. Para Whellington, o Bolsa Família é essencial para municípios como Igaracy.
Um dos principais atributos do programa é seu bom custo-benefício. Os gastos com o
Bolsa Família representam apenas 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB). Cada R$ 1
investido com o programa gera R$ 2,40 em consumo e adiciona R$ 1,78 no PIB.
“Nas cidades pequenas, se não tivesse essa ajuda do governo federal, não existia
nem comerciante. O pessoal recebe sua Bolsa Família e vem comprar sua mercadoria.
Compra fiado também e, em 30 dias, vem pagar, sem problema”, diz, destacando
também que não há mais miseráveis na cidade. “Antigamente, você contava nos
dedos quem possuía um carro. Moto não existia há 12 anos. Ninguém tinha dinheiro
para comprar. Hoje você pode ir à zona rural, em qualquer bairro da cidade, a casa
mais humilde que tiver tem duas ou três motos. Tem geladeira, televisão.”
A filha mais velha do comerciante estuda na capital do estado. Está terminando o ensino
médio e quer estudar Medicina. “Ela vai pegar o Fies [Financiamento Estudantil] para poder
estudar.” Seus dois outros filhos moram em Igaracy. “Todos estudando também, claro.
O transporte de quem estuda hoje é bem melhor. Antigamente o pessoal da zona rural
vinha em cima de carro, aconteciam muitos acidentes. Hoje andam de ônibus, aqueles
amarelinhos com faixa preta, em uma estrada boa, que foi asfaltada em 2010”, conta ele,
referindo-se ao programa Caminho da Escola, do Ministério da Educação (MEC).
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