quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Brasil Sem Miséria garante futuro melhor para crianças

11/12/2014 09:00
Resultados do plano de superação da extrema pobreza são debatidos
 representantes de movimentos sociais e do governo federal durante 
Diálogos Governo-Sociedade Civil

Brasília, 11 – Um dos maiores resultados que o Plano Brasil Sem Miséria
 alcançou desde seu lançamento, em junho de 2011, é o de dar oportunidades
 para que crianças e jovens tenham uma vida melhor que seus pais tiveram. 
“Pela primeira vez em nossa história, temos uma geração sem fome. São 
crianças que estão estudando, se alimentando bem e que têm um grande 
futuro pela frente”, destaca a ministra do Desenvolvimento Social e Combate 
à Fome, Tereza Campello.

A ministra participa nesta quinta-feira (11), em Brasília, da 6ª edição dos 
Diálogos Governo-Sociedade Civil: Brasil Sem Miséria (ver programação 
completa). O evento reúne representantes de movimentos sociais e do
 governo federal para apresentar e debater os resultados do plano de 
 Para isto, ele foi organizado em três eixos: um de garantia de renda, para
 alívio imediato da situação de extrema pobreza; outro de acesso a serviços
 públicos, para melhorar as condições de educação, saúde e cidadania das 
famílias; e um terceiro de inclusão produtiva, para aumentar as capacidades 
e as oportunidades de trabalho e geração de renda entre as famílias mais pobres.

Com ele, 22 milhões de pessoas superaram a extrema pobreza a partir de 
inovações feitas no Bolsa Família, 1,37 milhão de famílias foram incluídas 
no Cadastro Único pela Busca Ativa e já saíram da extrema pobreza, mais
 de 1,5 milhão de pessoas de baixa renda se inscreveram em cursos de
 qualificação profissional, 349 mil agricultores receberam Assistência Técnica 
e melhoraram de renda, entre outros objetivos alcançados.


Acesso à educação – O Brasil Sem Miséria reconhece que a educação é a forma 
mais definitiva de superação da pobreza, por romper o ciclo intergeracional que a 
reproduz. Por isso, o plano possui ações e programas que aprimoram desde a 
educação infantil até a qualificação profissional, passando pelos avanços na oferta 
de educação integral, graças à atuação coordenada com o Ministério da Educação.

Hoje, a oferta de educação em tempo integral para o ensino fundamental nas escolas 
públicas onde a maioria dos alunos é beneficiária do Programa Bolsa Família foi 
ampliada por meio do Programa Mais Educação. Em 2014, do total de 58,3 mil
 escolas que aderiram à educação em tempo integral, 35,7 mil tinham maioria 
de estudantes do Bolsa Família.

A contrapartida do Bolsa Família, que mantém o acompanhamento da frequência 
escolar de 17 milhões de estudantes, trouxe como resultado uma evasão menor 
entre os beneficiários e desempenho equiparado à média dos estudantes do ensino 
público brasileiro. Uma pesquisa concluída na Universidade de Sussex, na Inglaterra,
 indica que o tempo de participação no programa, associado ao valor da transferência
 paga às famílias, permite a melhora dos resultados escolares dos estudantes beneficiários.

Com a Ação Brasil Carinhoso, lançada em 2012, aumentou a quantidade de vagas para
 as crianças de 0 a 48 meses nas creches públicas ou conveniadas com o poder público, 
especialmente para as que recebem o Bolsa Família. Resultados preliminares do Censo
 Educacional de 2014 apresentam dados muito positivos: 3,1 milhões de crianças 
nesta faixa etária estão na educação infantil, dentre as quais 702,8 mil são de famílias 
beneficiárias do Bolsa Família.

Em outra frente de atuação, o Ministério da Educação passou a custear os valores do 
Fundeb para as vagas em novas turmas de educação infantil abertas pelos municípios 
e pelo Distrito Federal previamente à realização do Censo Escolar da Educação Básica. 
Com isso, os municípios não precisaram mais de esperar pela divulgação dos resultados 
do Censo Escolar (que é quando as novas vagas abertas são oficialmente detectadas 
para fins de repasses do governo federal), deixando de arcar com ônus adicionais 
pela abertura de novas turmas. De 2013 a outubro de 2014, foram criadas mais de 
1.187 novas turmas em 303 municípios.

Mais saúde – Estudo do Ministério da Saúde aponta que a desnutrição crônica vem
 caindo ano a ano entre os beneficiários do Bolsa Família de até 5 anos que tiveram 
acompanhadas as condicionalidades de saúde. Uma das ações do governo federal 
que apoiou este resultado positivo foi o crescimento da merenda escolar. Por dia,
 43 milhões de alunos de escolas públicas recebem refeições, um número maior
 que toda a população da Argentina.

Já o déficit de estatura média das crianças beneficiárias do Bolsa Família acompanhadas
 nas condicionalidades de saúde reduziu em 51%, no período de 2008 a 2012. Além 
disso, em 2012, os meninos de 60 meses de idade alcançaram altura média de 108,6 cm,
 enquanto as meninas chegaram a 107,9 cm. Este resultado vem crescendo a
 cada ano e aproxima os brasileiros desta faixa etária à referência da Organização
 Mundial da Saúde (OMS) – que é de 110 cm e 109,4 cm, respectivamente.

Renda para quem mais precisa – Entre 2001 e 2012, a renda dos 20% mais 
pobres cresceu três vezes mais do que a renda dos 20% mais ricos. Esse 
movimento foi garantido pelos programas sociais, mas também por políticas 
de valorização do salário mínimo e de geração de emprego e renda no país.

Desde 2003, 1,7 milhão de famílias beneficiárias de todo o país deixaram o
 Bolsa Família por meio do desligamento voluntário ou por terem superado 
a pobreza e conquistado renda maior. Além desse número dos que saíram 
voluntariamente, mais 1,1 milhão de famílias deixaram o programa porque
 não realizaram a atualização dos cadastros. Muitas famílias que melhoraram
 de renda costumam deixar o programa dessa forma: simplesmente não atualizam o cadastro.

Articulação intersetorial – O grande legado do Plano Brasil Sem Miséria é
 a clareza de que é possível construir junto com os parceiros soluções criativas, 
que dêem conta dos problemas sociais. “O plano trouxe essa ideia de que 
é a procura conjunta, considerando as especificidades de cada município, 
as dificuldades da ponta, que damos conta dos desafios”, afirma o secretário
 extraordinário para Superação da Extrema Pobreza do MDS, Tiago Falcão.

O Cadastro Único é a porta de acesso da população aos programas e serviços
 sociais e uma poderosa ferramenta de gestão, que orienta os governos e 
permite a atuação integrada. No Brasil Sem Miséria, por exemplo, os valores
 do Programa Bolsa Verde, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente 
são pagos no mesmo cartão do Bolsa Família, assim como os recursos do 
Programa Fomento às Atividades Produtivas, para agricultores familiares.

Falcão destaca que os resultados do plano de superação da extrema pobreza
 são um exemplo de que o Estado brasileiro hoje atua para atender a quem
 mais precisa. “Não pode ser o beneficiário que vai buscar em cada um dos
 órgãos e instituições as políticas e ações necessárias para o seu direito e 
que são necessárias para romper seu ciclo de vulnerabilidade”, destacou. 
Ele cita a Busca Ativa como exemplo dessa nova postura, “de um Estado 
proativo que busca o cidadão e o inclui nas ações a que tenham direitos”.

Central de Atendimento do MDS:
0800-707-2003

Informações para a imprensa:
Ascom/MDS
(61) 2030-1021
www.mds.gov.br/saladeimprensa

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