11/12/2014 09:48
Estudo realizado a partir dos dados do Cadastro Único mapeou 1,5 milhão de famílias em 16 grupos e populações específicas
Brasília, 11 – Mais de 1,5 milhão de famílias em situação de pobreza, de 16 grupos de povos e comunidades tradicionais e específicas, estão incluídas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. O levantamento, feito pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), também inclui um perfil econômico detalhado desses povos. Os dados resultaram no livro Diversidade no Cadastro Único – Respeitar e Incluir, que será lançado nesta quinta-feira (11), em Brasília (DF).
Até o final de 2010, havia apenas 150 mil famílias cadastradas de dois grupos: quilombolas e indígenas. O esforço para conhecer melhor esse público, que ainda se encontra entre os excluídos, começou há quatro anos com a implantação do novo formulário do Cadastro Único. Ele permitiu a identificação de mais segmentos como ciganos, comunidades de terreiro, extrativistas, assentados da reforma agrária, população carcerária e pessoas em situação de rua.
Com a mudança, a busca ativa também foi intensificada, com apoio dos estados e munícipios que têm a visão ampla do que acontece em seus territórios. O levantamento e o cadastramento mais detalhado permitirão ao governo federal construir, a partir de agora, políticas públicas voltadas exclusivamente para essa parte da população.
“São grupos populacionais que sofrem uma dupla exclusão: uma pela própria pobreza e falta de renda e outra pelo preconceito. São grupos não valorizados”, explicou a coordenadora do Cadastro Único do MDS, Denise Direito. Por estarem, até então, fora do Cadastro, eles tinham menos acesso aos serviços públicos.
Os povos e comunidades tradicionais são prioritários para o governo federal entre a parcela de 1,7% dos brasileiros que ainda permanecem na linha da subnutrição. A publicação mostra que eles possuem perfil mais vulnerável do ponto de vista econômico e educacional, com moradias mais precárias e renda menor.
A diretora do Cadastro Único do MDS, Joana Mostafa, explica que a correta identificação dos grupos possibilita que sejam desenvolvidas ações e políticas específicas de combate à exclusão desse segmento. “Entender quais são as camadas de vulnerabilidade de cada um desses subgrupos e por que eles se distanciam do acesso pleno a cidadania é importante.”
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