Escrito por Assessoria de Comunicação Social do FNDE
Cartazes, folders, planilha de controle estatístico, campanhas educativas, banners no portal da prefeitura, reuniões mensais, dinâmicas de grupo, premiações a professores, concurso entre alunos e até uma mascote, a “Luzivro”. Tudo isso são estratégias usadas pela Secretaria de Educação do município de Macaé (RJ) para garantir a conservação e a devolução de livros didáticos. O esforço dá resultados. E o município foi premiado pela iniciativa. Por meio do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), o FNDE enviou para as escolas municipais de Macaé, em 2014, 83.451 livros didáticos.
Em 2013, foram devolvidos 85% dos livros recebidos no início do ano letivo. E a meta para 2014 é melhorar ainda mais, chegando a 95% de devolução. Mas nem sempre foi assim. “Os livros eram danificados pelos alunos. Não eram devolvidos ou eram extraviados”, conta a professora Roze Mary Tomaz, coordenadora do projeto. A ideia de intensificar os trabalhos pela conservação e devolução dos livros surgiu em 2008.
Para levar o projeto adiante, foi montada uma equipe coordenada por Roze Mary: a professora Márcia Valéria Mendonça é responsável pela formação continuada e reuniões mensais. A professora Elza Maria Machado Gomes é responsável pela integração entre as escolas e monitoramento das ações. A professora Ana Cristina de Barcellos Bandeira é responsável pelo monitoramento do programa e pela reserva técnica e os remanejamentos de livros entre as escolas. A professora Edilene Silva Gonçalves é responsável pelos projetos e campanhas educativas.
Mesmos depois dos avanços, a equipe continua inovando. “A cada ano, programamos novos projetos e ações para envolver a comunidade escolar”, diz Roze Mary. Em 2011, o município foi premiado pelo FNDE no Concurso Nacional de Ações Inovadoras . “Foi o momento que mais nos motivou nas campanhas de devolução do livro didático”, lembra a coordenadora. “Entendemos que estávamos no caminho certo, assim avançando a cada ano para novas ações”.
Macaé tem 103 escolas municipais, com 36,4 mil alunos entre o pré-escolar, ensino fundamental e ensino médio. Dessas, mais da metade (59 escolas) estão inseridas no projeto. Mais de 1.700 professores participam das campanhas de conservação e devolução dos livros.
Este ano, a professora de Língua Portuguesa do 8º e do 9º anos da Escola de Ensino Municipal Córrego do Ouro, Jane Lucia Moreira Belido, foi premiada pelo seu desempenho no controle da utilização e conservação do livro didático no concurso “Com minha escola aprendo a utilizar e devolver o livro didático”. O propósito era sensibilizar as escolas municipais de Macaé a elaborar um plano de ação anual, destacando as boas práticas na gestão do livro didático, contemplando os quatro pilares do PNLD: utilização, remanejamento, conservação e devolução.
“Trabalhar em prol do livro didático é muito importante. Esta sensibilização com os alunos alcança resultados positivos”, avalia a professora Jane Lucia Belido. Mesma opinião tem a diretora do Colégio Municipal Engenho da Praia, Ivone de Jesus Rodrigues. “A proposta de termos campanhas de conservação e devolução do livro didático é bastante importante. Em nossa escola, o envolvimento de vários funcionários é a melhor forma de fazer o trabalho dar certo. Uma jogada de equipe”, diz. A diretora menciona a divulgação nos murais das escolas e a inclusão do tema na pauta da reunião de pais e mestres como fatores importantes.
Felizes mesmo ficaram as pequenas Bruna Caetano de Paula e Thais Santos da Conceição de Souza. No mesmo concurso “Com minha escola aprendendo a utilizar e devolver o livro didático”, faturaram o prêmio de melhor slogan. Elas venceram com os seguintes slogans: “O livro didático pode mudar pensamentos, mudar a leitura e até a própria pessoa” e “Na minha escola eu aprendo a cuidar e conservar o livro didático. Com ele, vou longe!”. Thais Souza concluiu o 7º ano e diz que adora estudar, principalmente Ciências e Língua Portuguesa. “Nunca vou esquecer esta premiação”, diz.
Mascote
No final do ano letivo de 2014, quem brilhou foi a mascote “Luzivro – a luz do livro”. Ela está em cartazes, camisetas, banners na internet, enfim, em todo material da campanha deste ano. O sol estilizado foi uma criação de Victor Hugo Oliveira de Araújo, aluno do Colégio Municipal Neuza Goulart Brizola.
A Luzivro representa o universo lúdico das crianças, incentivando-as a não só estudar, mas conservar o material didático. A equipe agora sonha transformá-la em desenho animado, transmitindo a mensagem da conservação e devolução do livro didático.
A campanha deste ano incluiu uma semana para devolver o livro didático, assinatura de termos de responsabilidade, dia D da devolução do livro com registro do percentual de livros devolvidos por turmas, diploma de bom aluno e brinde para quem devolveu o livro encapado, entre outras estratégias.
Petróleo
O município de Macaé, localizado na Região Norte do Estado do Rio de Janeiro, tem produto interno bruto (PIB) per capita de R$ 66,3 mil. Com 23 quilômetros de litoral, o município fica na Bacia de Campos, responsável por 86% da produção do petróleo e 47% do gás natural nacionais. Além disso, é responsável pelo escoamento de 90% do gás produzido na Bacia de Campos. Lá existem 2.350 poços perfurados em alto mar, com quase dois mil metros de profundidade.
Em função do petróleo, a economia do município deu um salto de 600% nos últimos dez anos. A cidade viu sua população crescer rapidamente. De vila de pescadores dos anos de 1970, Macaé se transformou numa cidade com milhares de novos moradores, chegando hoje a 229,6 mil habitantes. “Com a economia e os trabalhos voltados para o setor petrolífero, recebemos muitos alunos de diversas partes do Brasil, intensificando a demanda de livro didático”, diz a professora Roze Mary.
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