A chamada publicidade legal é, hoje, uma das principais fontes de receita da grande imprensa. Uma página de anúncio no jornal Valor Econômico, por exemplo, custa R$ 40 mil e um balanço com 20 páginas (a lei também determina a publicação do documento completo, ainda que em letras miúdas) custa cerca de R$ 800 mil. Em geral, todo esse papelório é jogado no lixo pelos leitores, uma vez que o público que consome balanços, fatos relevantes e editais, formado por investidores e analistas de mercado, recebe esses documentos em formatos eletrônicos.
O projeto será apresentado por Garotinho como uma iniciativa a mais para a queda do Custo Brasil, no momento em que o governo Dilma se esforça nessa direção, com medidas como a redução dos juros e das tarifas de energia. Segundo o deputado, a exigência de publicação de balanços em jornais impressos é um "subsídio" disfarçado às empresas de comunicação, além de causar sérios danos ambientais.
Embora a relação entre Garotinho e o Partido dos Trabalhadores não seja das mais amistosas, seu projeto terá o apoio de boa parte do PT. O líder do partido na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), por exemplo, é favorável à ideia.
Difícil será resistir à pressão dos grandes grupos de mídia, que têm enorme poder de pressão. Especialmente para alguém como Garotinho que, em 2014, pretende disputar o governo do Rio de Janeiro. Com a Globo jogando contra, seu caminho será muito mais difícil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário