Maior instituição hospitalar do Rio Grande do Sul, o Grupo Conceição (GHC) abriuchamada pública para adquirir produtos de comunidades quilombolas certificadas. É a primeira vez, no Brasil, que uma instituição vai comprar produtos, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), com uma chamada específica para quilombolas. Os interessados têm até o dia 27 de abril para apresentar a proposta.
“É uma iniciativa pioneira. Geralmente, as chamadas são abertas para todos os agricultores familiares, mas esse edital é específico para quilombolas, e isso é muito importante para estimular essas comunidades”, explica o coordenador de Políticas para Comunidades Quilombolas do MDA, Quêner Chaves dos Santos.
Ao todo, serão compradas 3,5 toneladas de arroz, 330 quilos de feijão preto, 250 quilos de batata doce, 60 quilos de abóbora e 25 quilos de alho. “Foi uma ação que contou com o auxílio do MDA. Nós ajudamos na construção dessa chamada pública e, concomitantemente, fizemos uma oficina de capacitação com as comunidades quilombolas do estado para poderem suprir essa necessidade do Grupo Hospitalar Conceição”, afirma Quêner.
Em média, o GHC fornece mais de 270 mil refeições por mês para funcionários, pacientes e seus acompanhantes, sendo consumidas mensalmente 217 toneladas de alimentos. Parte desses produtos, a partir de agora, serão fornecidos por 1447 famílias quilombolas gaúchas.
Segundo o diretor-superintendente do GHC, Carlos Eduardo Nery Paes, a vontade de promover a inclusão social dos quilombolas foi fator determinante para realizar a chamada pública. “São 107 comunidades quilombolas com dificuldades enormes para acessar mercados, e foi uma forma que encontramos de ajudar nessa inclusão, e optamos pela modalidade de Compras Institucionais, do PAA”, conta.
Parceiro do PAA desde 2013, quando efetuou a primeira compra por meio do programa, o Grupo Hospitalar Conceição está satisfeito com a prestação do serviço e pretende continuar comprando de agricultores familiares. “Nossa experiência é exitosa e tem tido uma resposta muito positiva. Ao todo, compramos cerca de R$ 4,5 milhões de alimentos ao ano, via PAA. Estamos economizando dinheiro, comprando produtos de qualidade e desenvolvendo a agricultura familiar gaúcha”, avalia Carlos Eduardo.
João Paulo Biage
Ascom/MDA
Ascom/MDA
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