Elisângela Ribeiro, agricultora familiar do norte de Minas Gerais, luta pela
preservação do material genético dos alimentos produzidos no Semiárido
Foto: CAA- Norte de Minas
Gravatá (PE), 11 – Depois de aprender na
infância a importância de multiplicar as sementes crioulas, livres de modificação genética,
Elisângela Ribeiro de Aquino, 43 anos, se considera uma guardiã da biodiversidade típica do
Semiárido. Ela organizou, junto com 20 famílias, um banco comunitário de sementes na zona
rural de Riacho dos Machados, norte do estado de Minas Gerais. “O banco de sementes é
um resgate da nossa história e, ao mesmo tempo, dá autonomia para o agricultor. Hoje sou
guardiã de sementes crioulas e da biodiversidade”, conta.
Segundo Elisângela, o banco comunitário – com 11 tipos de sementes – tem garantido a
produção nos últimos anos. “Hoje produzimos para nossa subsistência e para manter o
banco de sementes”, afirma ela, que já comercializou o excedente de sementes com o
Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome (MDS).
A ex-beneficiária do Bolsa Família ressalta que, além da autonomia, as unidades de estoque
das sementes crioulas contribuem para a segurança alimentar. “Estamos multiplicando a
vida, uma vida com mais qualidade”, diz Elisângela. No assentamento onde vive, a
produção é totalmente agroecológica. “Quando cuidamos da segurança alimentar,
da alimentação, estamos melhorando a vida das pessoas.”
Para ela, o Programa Banco Comunitário de Sementes Crioulas lançado nesta quarta-feira
(11), em Gravatá (PE), além de garantir renda e segurança alimentar, pode afastar a
transgenia do solo do Semiárido. “Precisamos dar oportunidades para o agricultor
ampliar a produção e plantar com qualidade sem a interferência das empresas. Não
podemos ficar refém de nenhuma empresa para produzir.”
Leia também:Saber dos agricultores do Semiárido agora é política pública, diz ministraInformações sobre os programas do MDS: 0800-707-2003 mdspravoce.mds.gov.br Informações para a imprensa: Ascom/MDS (61) 2030-1021 www.mds.gov.br/saladeimprensa |
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