quinta-feira, 30 Abril, 2015 - 14:00
Enviado por Carolina em qui, 30/04/2015 - 14:01
Foto: Ascom/MDA
Dar destaque à demanda de movimentos e organizações da agricultura familiar referente à inovação institucional e a formulação de mais políticas públicas para Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). Segundo o secretário técnico da Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar (Reaf), Lautaro Viscay, estes foram os principais pontos debatidos, nesta semana, em encontro realizado em Montevidéu, no Uruguai.
O Seminário Regional de Intercâmbio de Experiências em Geração, Desenvolvimento e Acesso à tecnologias apropriadas, Assistência Técnica e Extensão Rural contou com representantes do governo e das organizações sociais da agricultura familiar do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Venezuela, Uruguai e Paraguai. A atividade foi organizada sob a Presidência Pro Tempore brasileira da Reaf e do Mercosul.
No primeiro dia do evento, foram realizados painéis sobre políticas públicas nos países da região, para pesquisa e assistência técnica e sobre o ponto de vista da sociedade civil sobre o tema.
Para o coordenador de Inovação e Sustentabilidade da Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA), Hur Ben Correia da Silva, a Ater é relevante e estratégica para a Reaf, porque tem o papel de promover informação, educação e inovação junto às famílias rurais.
“Na última década, a Ater agregou como função a qualificação e implementação de políticas públicas voltadas para a agricultura familiar e para o desenvolvimento rural sustentável, como: o Pronaf, o Programa de Aquisição de Alimentos, o Programa Nacional de Alimentação Escolar, Seguro Agrícola, Garantia-Safra, Crédito Fundiário e Reforma Agrária”, ressaltou Hur Bem ao mencionar que a assistência técnica assegura acesso e ampliação dessas políticas, contribuindo para a superação da pobreza e a promoção da segurança alimentar e nutricional.
No segundo dia do seminário, foram apresentadas as experiências dos países na perspectiva de gênero e geração, reforçando que a Ater, direcionada a mulheres e jovens, precisa ser reconhecida e fortalecida, o que demanda metodologias de trabalho específicas.
"Para esse diálogo com os países do Mercosul, trouxemos nosso olhar e experiência de luta e organização das trabalhadoras rurais do Brasil para a construção de uma Ater inclusiva, reconhecendo e dando visibilidade ao trabalho produtivo e reprodutivo das mulheres", destacou a assessora da Secretaria de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Sarah Luiza.
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