terça-feira, 7 de abril de 2015

Bolsa Família: atendimento de saúde é prioridade às famílias mais pobres

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07/04/2015 10:10

No Dia Mundial da Saúde, governo federal comemora avanços alcançados 
na saúde das famílias de baixa renda com o cumprimento da condicionalidade
 do programa de transferência de renda
Brasília, 7 – A beneficiária do Programa Bolsa Família, Maria da Cruz, 50 anos,
 cuida dos cinco netos sozinha em Sobradinho, região de Brasília. A cada seis 
meses, ela e os netos vão ao posto de saúde para fazer o acompanhamento.
Maria, que nunca gostou de ir ao médico, reconhece a importância da ação, 
principalmente para os netos. “Eles estão com o cartão de vacina em dia. E 
se um deles está doente, a enfermeira já avisa que precisa levar ao médico”, 
conta.

No Dia Mundial da Saúde, celebrado nesta terça-feira (7), Maria da Cruz e as 
crianças integram um total de 9,1 milhões de famílias do programa de 
transferência de renda que tiveram a saúde acompanhada no fim de 2014 
e que passaram a ser enxergadas pelo poder público. Desse total, 230 mil
são gestantes e 5,5 milhões são crianças.

“A partir da condicionalidade do Bolsa Família reorientamos o olhar do poder 
público para as famílias em situação de pobreza e fomos atrás delas para 
ofertar o serviço de saúde”, afirma a diretora substituta de Condicionalidades 
do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Juliana 
Agatte. “Criamos também uma cultura de prevenção e promoção da saúde 
pelas famílias a partir da rotina de acompanhamento que a condicionalidade traz.”

O impacto na saúde das crianças que fazem parte do Bolsa Família já pode ser 
percebido. A partir da medição da altura e do peso, foi constatado que, entre 0 e
 5 anos, o percentual dos beneficiários com deficiência nutricional crônica caiu
 pela metade – de 17,5%, em 2008, para 8,5 %, em 2012. Outro impacto 
importante é que a altura média das crianças do Bolsa Família aumentou 
devido à melhoria nutricional. Em 2008, os meninos tinham 107,8 cm, e, em
2012, mediam 108,6 cm. Já as meninas passaram de 107,2 cm para 107,9 cm.

Reconhecimento – De acordo com Relatório do Fundo das Nações Unidas 
para a Infância (Unicef), o Bolsa Família também é um dos responsáveis pela
 diminuição da mortalidade infantil no Brasil. A análise também reforça outro 
estudo publicado pela revista científica britânica The Lancet, que constatou 
que a parceria entre o Bolsa Família e a estratégia Saúde da Família contribuiu
 para a redução em 19% da mortalidade de crianças até 5 anos de idade. Os
 números mostram que a redução foi ainda maior quando se considerou a 
mortalidade por causas específicas, como desnutrição (65%) e diarreia (53%).

A pequena Gabrielle Ferreira, 3 anos, representa esta situação. Ela, a mãe
 Josicleide Ferreira Macedo, 33 anos, e mais dois irmãos moram em Piancó,
 no sertão da Paraíba. A menina chegou à Creche Cenícia Maria abaixo do 
peso. As nutricionistas indicaram dieta balanceada, com alimentos saudáveis 
e disponíveis na região, além da ingestão de sulfato ferroso.

Na creche, a filha saiu de seis para nove quilos, peso considerado ideal. A 
mãe está mais tranquila e segue trabalhando, já que os R$ 230 reais que 
recebe do Bolsa Família não lhe garante todo sustento. "Deixo tranquila 
porque sei que ela é bem cuidada", conta Josicleide.

A partir deste ano, por meio da ação NutriSUS, a alimentação de mais de
 330 mil crianças está sendo suplementada em 6.864 creches que fazem 
parte da Ação Brasil Carinhoso. De acordo com dados do Ministério da Saúde,
 esta suplementação com sachês multivitamínicos reduz em até 38% os casos
 de anemia e em 20% a deficiência de ferro após o uso.

Produtos saudáveis – Com programas de compras institucionais de alimentos
 da agricultura familiar como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e 
Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), produtos mais saudáveis
 estão compondo a merenda de cerca de 43 milhões de crianças e jovens nas 
escolas de todo o país. Por isso, a Organização das Nações Unidas para a
 Agricultura e Alimentação (FAO) apontou a ação como uma das estratégias
 que possibilitaram ao Brasil sair do Mapa Mundial da Fome.

A organização também apontou o Bolsa Família, a maior disponibilidade 
alimentos, o aumento da renda dos mais pobres com a geração de empregos
 e a recriação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional 
(Consea) como fatores que contribuíram para a redução de subalimentados 
em 82% entre 2002 e 2013.

Gestantes – De acordo com estudo do MDS, entre 2010 e 2013, depois da 
inclusão do benefício para as grávidas no Bolsa Família, foi percebido um 
aumento de 60% de gestantes identificadas até a 12ª semana de gestação
 – período importante para começar o acompanhamento da gestação – e 
de 50% na quantidade de consultas de pré-natal.

Informações sobre os programas do MDS:

0800-707-2003
mdspravoce.mds.gov.br

Informações para a imprensa:
Ascom/MDS
(61) 2030-1021
www.mds.gov.br/saladeimprensa

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