05/05/2015 17:25
Tereza Campello participou de debate sobre perspectivas da inclusão
e da proteção social de crianças e adolescentes promovido pelo Unicef
Brasília, 5 – A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza
Campello, afirmou que, além de evitar retrocessos na inclusão social, as políticas
públicas devem ampliar o acesso às creches e à educação infantil para as crianças
mais pobres. Outro grande desafio a ser enfrentado nos próximos anos é manter os
jovens acima de 14 anos na escola. A ministra participou nesta terça-feira (5) do
Momento Estratégico de Reflexão, promovido pelo Fundo das Nações Unidas
Foto:Ana Nascimento/MDS As ações para o enfrentamento à pobreza e redução da desigualdade dos últimos
tiveram forte impacto entre crianças e adolescentes, lembrou Campello. Desde 2011,
o Plano Brasil Sem Miséria mantém 22 milhões de pessoas que fora da linha da
extrema pobreza. Desse universo, cerca de 8,1 milhões são crianças e adolescentes.
As ações do Brasil Carinhoso garantiram a presença de 20% das crianças de zero
a três anos do Bolsa Família em creches. “Nossa atuação tem chegado às crianças
aliviando a pobreza, garantindo que elas tenham escola, que tenham acesso à
saúde e garantindo que elas tenham direito. O que estamos discutindo agora é
como avançar ainda mais”, destacou.
Segundo Campello, é necessário construir uma política que garanta a universalização
da educação infantil e, ao mesmo tempo, garanta a redução da desigualdade, com
uma política diferenciada para os mais pobres. “Nós queremos educação para todos,
mas somente esse dizer não permite que os mais pobres tenham acesso primeiro”,
observou. A ministra disse ainda que a evasão escolar dos jovens, decorrente da
pobreza ou desinteresse na escola, também será foco da agenda dos próximos anos.
Entre os resultados das políticas públicas destacados pela ministra está a queda
da pobreza multidimensional brasileira de 8,3% da população, em 2002, para 1,1%,
em 2013. Esse indicador, desenvolvido pelo Banco Mundial, reflete privações em
várias dimensões da pobreza, como educação, saúde e acesso a bens e serviços.
A queda da pobreza multidimensional foi maior nos segmentos da população que
concentravam o maio percentual de pobres: famílias com filhos pequenos, negros
e nordestinos.
A ministra falou ainda que o Unicef pode ser parceiro do MDS na divulgação das
políticas sociais de sucesso brasileira e dos resultados de redução da desigualdade
entre as crianças, dentro e fora do Brasil. “Uma parte grande do que a gente
consegue melhorar de aceitação de políticas voltadas a redução da desigualdade
no Brasil vem de fora, vem de apoio de agências internacionais, em especial do
sistema ONU, de países parceiros e intelectuais”, finalizou.
Ouça:Acesso à educação infantil e redução da evasão escolar dos jovens são desafios na educaçãoEncontro – O Momento Estratégico de Reflexão reuniu representantes da
Unicef Brasil e internacional, gestores de políticas públicas federais, senadores
e deputados, setor privado e sociedade civil para analisar os principais resultados
obtidos pelo país na promoção de direitos da criança e adolescentes nos últimos
25 anos. O objetivo é estabelecer novas agendas para a infância brasileira nos
próximos 20 anos e bases conceituais para o Programa de País 2017-2021.
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