sexta-feira, 8 Maio, 2015 - 16:15
Enviado por Carolina em sex, 08/05/2015 - 16:20
Foto: Albino Oliveira/MDA
“Eu sabia da exposição de ouvir falar, mas hoje conheci o Sentimentos da Terra pessoalmente e fiquei muito impressionado. É um espaço esplêndido, pedagógico, que resgata a memória do Brasil em uma dimensão que muitas vezes é esquecida”, destacou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, durante visita ao caminhão-museu Sentimentos da Terra. A mostra itinerante está aberta a visitação no campus da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte.
Nesta semana, a exposição, que é uma parceria do MDA com a instituição de ensino, retornou ao estado mineiro. Durante três dias, o público vivenciou parte das lutas brasileiras pela terra, dos índios a Canudos, de Eldorado dos Carajás até a consolidação dos movimentos sociais ligados ao meio rural.
Para Patrus, a mostra é uma oportunidade de difundir o conhecimento histórico. “É muito bom ver jovens estudantes tomando conhecimento da realidade brasileira por meio dos textos, das publicações e dos vídeos. Todos sintonizados com questões fundamentais para o presente e o futuro do Brasil”, salientou.
A ideia do caminhão-museu era essa mesma: “levar a história do Brasil pela perspectiva das lutas da terra tanto em Ipanema, no Rio de Janeiro, como em Roraima, a terra do sol”, reforçou a professora Heloísa Starling, coordenadora do projeto República da UFMG, em apresentação feita ao ministro.
“O objetivo era que toda a nossa pesquisa sobre o tema fosse levada para a população brasileira, daí a caravana”, completou Starling.
O museu itinerante já passou por 16 cidades, desde 2013, percorrendo mais de 20 mil quilômetros do território brasileiro e atingindo um público de 25 mil pessoas.
Sentimentos da Terra
De longe, o caminhão-museu chama a atenção. “Ele é como um ‘transformes’, toda a estrutura da exposição é guardada dentro do baú do caminhão”, comentou a coordenadora do projeto. Na parte superior, as bandeiras amarelas hasteadas ao céu carregam muito mais que palavras: são valores contidos em cada história retratada como justiça, dignidade, cultura e respeito.
Em um dos lados do museu estão imagens que ilustram um pouco da vida de alguns representantes da luta agrária no País. Visconde do Uruguai, Dom Pedro Caradáliga e Antônio Silvino são destaques nos painéis. É valorizado, ainda, a contribuição de Elizabeth Teixeira que, após a morte do esposo, em 1962, deu continuidade a ação da Liga Camponesa de Sapé, na Paraíba.
Por dentro da estrutura, duas salas de cinema e uma biblioteca são encarregadas de contar essa história. Livros e recursos audiovisuais como sons, registros fotográficos e imagens emocionam, como ressaltou Patrus Ananias. “É a história dos movimentos sociais, das pessoas que lutaram e lutam para que seja aplicado no Brasil, verdadeiramente, o princípio da função social da propriedade e para que a vida humana seja o valor supremo.”
O caminhão-museu Sentimentos da Terra é uma parceria, iniciada em 2004, entre o ministério e a UFMG. Durante a visita, o ministro conheceu também o Projeto República da instituição.
Mais informações sobre a exposição na página do Sentimentos da Terra no facebook ou pelo telefone (31) 3409-5513.
Gabriella Bontempo
Ascom/MDA
Ascom/MDA
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