segunda-feira, 27 Julho, 2015 - 21:00
“Este é um encontro histórico e que me deixa muito feliz, pois reúne pessoas importantes e comprometidas com a terra e com a reforma agrária”, disse o ministro Patrus Ananias a cerca de 50 lideranças de movimentos sociais e organizações do campo e das florestas. O Diálogos da Terra, evento promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), nesta segunda-feira (27), em Brasília, serviu para aprofundar o debate sobre a política brasileira referente à terra.
Segundo Patrus, o diálogo com os movimentos é essencial para o futuro da agricultura familiar brasileira. “Eu olho para cada pessoa que está aqui, conversando, dialogando, e tenho o sentimento de que estamos no caminho certo”, afirmou.
As lideranças avaliaram as políticas públicas para os camponeses e apontaram suas reivindicações. O representante do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), Frei Sérgio Gorgen, criticou a concentração de terras no Brasil e pediu a implantação de novos programas. “O latifúndio fornece menos emprego e alimentos para a população do que a agricultura familiar. Ou seja, não cumpre a função social da terra. Além disso, precisamos aumentar as políticas públicas para os camponeses”, salientou.
Willian Clementino e Alessandra Lunas, lideranças da Confederação Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura (Contag), comentaram sobre a determinação dos agricultores para lutar pelas políticas públicas que estão em curso. “Nós tivemos muitas conquistas, resultado do nosso sangue e do nosso suor. E agora a luta é para que os programas cheguem a todos os camponeses”, defendeu Willian.
“Qualquer passo que dermos, vamos encontrar entraves. Vamos mobilizar milhares de mulheres para a Marcha das Margaridas e esperamos anúncios que melhorem e fortaleçam o campo e, principalmente, a convivência das mulheres camponesas com o rural”, apontou Alessandra.
O ministro anotou todas as intervenções e assegurou que o diálogo terá continuidade. Patrus defendeu a criação de um fórum para unificar as propostas. “Não é uma caminhada fácil. Ao longo desse processo, ficaram claras as diferenças entre as propostas. Precisamos construir uma pauta comum para fortalecer nosso debate com a sociedade”, concluiu.
Ascom/MDA
João Paulo Biage
João Paulo Biage
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