02/07/2015 16:43
Já foram entregues 2,6 mil tecnologias em 17 municípios alagoanos. Até dezembro deste
ano, outras 1,4 mil famílias serão beneficiadas
Brasília, 2 – Moradora da comunidade Poço, no município de Senador Rui Palmeira (AL), a
agricultora familiar Elda Maria Souza Silva, 40 anos, sempre teve dificuldade em conseguir
água para beber e para a produção agrícola. “Tinha que caminhar muito para pegar água em
um poço. Também tinha o carro pipa que ajudava, mas mesmo assim era muito complicado.
Quando eu recebi a cisterna para consumo, melhorou bastante, mas com as tecnologias de
acesso à água para produção a nossa vida mudou.”
Garantir que os agricultores familiares do Semiárido alagoano tenham água para fortalecer
sua produção é o objetivo de convênio firmado entre o Ministério do Desenvolvimento Social
e Combate à Fome (MDS) e o Consórcio para o Desenvolvimento da Região do Ipanema
(Condri). Já foram entregues 2,6 mil tecnologias sociais de acesso à água em 17 municípios
e, até dezembro deste ano, outras 1,4 mil famílias serão beneficiadas.
O coordenador de Acesso à Água para a Produção de Alimentos do MDS, Vitor Leal Santana,
explica que cada família recebe duas tecnologias. “A proposta é associar o pequeno barreiro
com a cisterna aprisco. A partir daí é desenvolvido um sistema produtivo que inclui uma
pequena horta, mudas frutíferas, criação de galinhas, ovinos e caprinos, além da
distribuição de sementes de feijão, milho e sorgo”, diz.
O pequeno barreiro é uma escavação em terreno um pouco inclinado para facilitar a
irrigação por gravidade, dispensando o uso de bombas elétricas. Na parte mais alta
do terreno é colocado o tanque de armazenagem, com capacidade para até 300 mil
litros d’água. Já a cisterna aprisco é um reservatório com capacidade para armazenar
16 mil litros de água, captada do telhado de aprisco.
“O pequeno barreiro é uma alternativa para os agricultores acumularem água nas
propriedades para uso em pequenas áreas, principalmente para irrigação de pequenas
lavouras, hortas, pomares e criação de animais. Já a cisterna aprisco tem a vantagem
de disponibilizar ao agricultor um espaço que, além de captar a água da chuva, permite
guardar os animais”, explica Vitor.
Junto com as tecnologias, o agricultor recebe um kit simplificado de irrigação, instalação
de roçados para a produção das sementes e alguns animais pequenos. “Hoje, crio ovelhas,
porcos, galinha. Tenho plantação de feijão, milho, palma e capim. Além do nosso consumo,
consigo vender um pouco na feira que acontece toda semana aqui no meu município”, conta Elda.
Reservatórios – Entre 2011 e maio de 2015, o governo federal entregou 114 mil
tecnologias sociais voltadas à produção de alimentos. Essas tecnologias garantem
que os agricultores mais pobres do Semiárido convivam com os períodos de estiagem.
Além dos reservatórios, as famílias podem ter acesso à assistência técnica especializada,
a recursos para investir nas propriedades e à energia elétrica, e contam com o apoio à
comercialização da produção, por meio de compras públicas e privadas.
Informações sobre os programas do MDS: 0800-707-2003 mdspravoce.mds.gov.br Informações para a imprensa: Ascom/MDS (61) 2030-1021 www.mds.gov.br/saladeimprensa |
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