quinta-feira, 30 Julho, 2015 - 13:30
Paulo Henrique Nascimento/MDA
Secretária executiva deu de presente livro da Marcha das Margaridas com foto de Elisabeth
A secretária executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Maria Fernanda Coelho, se encontrou nesta quinta-feira (30), em João Pessoa, com a líder camponesa Elizabeth Teixeira.
Aos 90 anos, Elizabeth dedicou mais de seis décadas à luta pelo direito a terra. Boa parte desse tempo esteve ao lado do companheiro João Pedro Teixeira, um dos fundadores da Liga Camponesa de Sapé, na Paraíba.
“Ela traz a memória da luta pela reforma agrária no país e de todo o processo de mobilização das Ligas Camponesas. Foram lideranças importantes na região”, reconhece Maria Fernanda, em agenda no estado.
Em 1962, João Pedro é assassinado e Elizabeth continua a luta em defesa dos camponeses. Com o início do novo regime político no Brasil, em 1964, ela precisa fugir e deixar os 11 filhos para trás. Com medo de ser reconhecida, adota o nome de Marta Maria da Costa.
A história da líder ganha destaque nacional após protagonizar o documentário “Cabra Marcado para Morrer”, inspirado em João Pedro e produzido pelo cineasta Eduardo Coutinho, em 1984.
Natural de Sapé, município distante 42 quilômetros da capital paraibana, Elizabeth tem sua trajetória também contada no caminhão-museu Sentimentos da Terra, ao lado de grandes nomes como Visconde do Uruguai, Dom Pedro Casaldáliga e Antônio Silvino. O museu foi criado em parceria pelo MDA e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Na visita, a secretária executiva presenteou Elisabeth com o livro Marcha das Margaridas, produzido pela fotógrafa e historiadora Claudia Ferreira. A publicação reúne 150 fotos que contam a história do movimento das agricultoras nos últimos 15 anos. Elisabeth está retratada no livro que foi lançado nessa quarta-feira, na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), em Brasília.
A obra foi realizada pelo Centro de Atividades Culturais, Econômicas e Sociais (Caces), em uma parceria da CONTAG com a Fundação Ford, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Caixa Econômica Federal e Governo Federal.
Além de exemplares impressos, a publicação estará disponível no site da Contag e uma edição digital (e-book) poderá ser baixada também gratuitamente nos sites da Livraria Cultura e da Amazon.
Além de exemplares impressos, a publicação estará disponível no site da Contag e uma edição digital (e-book) poderá ser baixada também gratuitamente nos sites da Livraria Cultura e da Amazon.
Lutas agrárias
As Ligas Camponesas foram um movimento de luta pela reforma agrária no Brasil iniciado na década de 1950, que organizavam milhares de trabalhadores rurais que viviam como parceiros ou arrendatários, principalmente na Região Nordeste. O principal incentivador do movimento foi o advogado e deputado Francisco Julião (1915-1999).
As Ligas Camponesas foram um movimento de luta pela reforma agrária no Brasil iniciado na década de 1950, que organizavam milhares de trabalhadores rurais que viviam como parceiros ou arrendatários, principalmente na Região Nordeste. O principal incentivador do movimento foi o advogado e deputado Francisco Julião (1915-1999).
Gabriella Bontempo
Ascom/MDA
Com informações da Contag
Foto: Paulo Henrique Nascimento/MDA
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