Posted: 18 Aug 2015 04:26 PM PDT
Synésio: “Marca de 500 milhões de itens produzidos desde 2011 nunca aconteceu no Brasil e nossa capacidade já está batendo no teto. É hora de investir”. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Em reunião nesta terça-feira (18) com a presidenta Dilma Rousseff, representantes da indústria de brinquedos apresentaram os resultados do setor nos últimos anos e as estratégias para manter o crescimento da produção nacional e a ampliação da participação no mercado interno.Segundo o presidente da Associação Brasileira de fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Synésio Batista da Costa, a produção nacional deve fechar o ano de 2015 com 55% de participação no mercado e a expectativa do setor é chegar, até 2021, ao patamar de 70%. No último mês de junho, a indústria de brinquedos atingiu a marca de 500 milhões de itens produzidos desde o início de 2011. “É uma marca histórica, isso nunca aconteceu no Brasil e a nossa capacidade já está batendo no teto, no limite máximo. É a hora, portanto, de investir e partir para um novo momento”, afirma.
Para isso, o executivo da Abrinq apresentou à presidenta Dilma um plano de investimentos de US$ 1 bilhão para expansão da capacidade produtiva e a geração de dez mil novos postos de trabalho nos próximos anos. “É importante lembrar que faz cinco anos que o setor de brinquedos não demite e há cinco anos que não fecha nenhuma fábrica. A gente precisa desse investimento para tomar de volta o nosso mercado”, garante.
Ações do governo deram frutos
Para o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, os resultados apresentados pela indústria de brinquedos são um exemplo de como as políticas de incentivo do governo têm dado frutos. “É um exemplo de que alguns instrumentos de política industrial podem, sim, oferecer respostas adequadas, sobretudo na perspectiva da recuperação de alguns setores da indústria brasileira”, destacou o ministro.
Entre as ações, Synésio destaca o programa de integração produtiva entre os países do Mercosul. O setor já lançou 40 produtos diferentes que têm conteúdo dos cinco países que compõem o bloco. “O programa de integração permitiu que a gente tivesse redução de custos, aumento de escala econômica e a importação de brinquedos vem caindo ano a ano. No ano passado ela caiu 18%, uma queda de importação de 18% é igual a 18% de injeção de competitividade e a indústria nacional está aqui para poder fazer esse papel”, garante o presidente da Abrinq.
Synésio ressalta que essa não é uma conquista exclusivamente do Brasil e sim fruto da integração de cinco indústrias de brinquedos do Mercosul. Segundo dados da Abrinq, são quatro fábricas no Uruguai, 60 fábricas na Argentina, quatro fábricas no Paraguai, 318 fábricas no Brasil e 42 fábricas na Venezuela. “Não é uma política do governo brasileiro, mas é uma política comandada pelo Brasil, porque nós somos o maior mercado, e nós é que temos o maior número de fábricas”, avalia.
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