O Globo demite funcionários e amplia a crise do jornalismo no Rio
Da Redação
Principal empregador de jornalistas no Rio de Janeiro, o Infoglobo, que congrega profissionais de O Globo, Extra, Expresso e outros veículos de comunicação do Grupo Globo, iniciou nesta segunda-feira um dos mais profundos cortes de postos de trabalho da imprensa carioca. Há seis meses, 160 profissionais de vários setores foram demitidos. Especula-se que este mês o número será ainda maior.A onda de demissões nas empresas cariocas coincide com a crise no setor. O Dia, único diário a fazer frente aos jornais do Grupo Globo, agoniza e há notícias de que poderá encerrar definitivamente sua atividade. Há um mês demitiu dezenas de repórteres. Brasil Econômico, do mesmo grupo empresarial, encerrou sua atividade há um mês.Com isso, o número de jornalistas demitidos só no Estado do Rio chega a mil profissionais no período de um ano. Recentemente houve cortes nos sites Terra, R7, Grupo Bandeirantes (onde até um jornalista, Maurício Vefer, em tratamento de câncer foi demitido) e na Agência Estado.Entre os profissionais demitidos alguns que integram a nata do jornalismo do Rio, como Marceu Vieira, Pedro Dória e Luciana Fróes. Com a crise na atividade profissional surge também um modelo de controle da atividade patronal poucas vezes vista. Há meses, após o Sindicato dos Jornalistas conquistar na Assembleia Legislativa o piso salarial da categoria - inexistente há 20 anos - um grupo de jornalistas da Rede Globo se mobilizou para atender a uma demanda patronal - a redução do piso em 30%. A questão foi parar na Justiça.Ampliação da mídia alternativa, através da Internet, e a pluralidade dos recursos hoje destinados exclusivamente para as empresas das grandes corporações são medidas urgentes a serem adotadas para estimular o mercado. Desde o governo Lula a chamada velha mídia recebeu o equivalente a R$ 16 bi em recursos do governo a título de publicidade oficial (leia aqui)
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