O título é uma aula de como tentar apertar números para extrair leite de madeira. A maioria foi deixada de lado para mostrar a opinião da minoria.
Uma pesquisa conduzida pelas entidades Rede Minha São Paulo e SampaPé consultou 107 estabelecimentos na avenida, em relação à medida do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, de abrir a Avenida Paulista à circulação de pedestres e proibir a circulação de automóveis nos fins de semana. O tema foi alvo de reportagem do vetusto jornal paulistano O Estado de S.Paulo.
O título é uma aula de como tentar apertar números para extrair leite de madeira. "25% dos comerciantes são contra fechar Paulista para carros, mostra pesquisa". Fantástico, não? A maioria foi deixada de lado, em lugar dela foi incensada a opinião da minoria. Faça as contas. Se 25% são contrários, então os outros 75% devem ser a favor ou, no mínimo, indiferentes.
Aí, o leitor curioso vai passeando na reportagem até encontrar, lá embaixo, quase perdida, a informação de que, "questionados se eram favoráveis à abertura da Paulista para pedestres, 50% disseram que sim, 25% se mostraram indiferentes e 25% afirmaram ser contrários. Em relação ao impacto nas vendas, 46% apontaram impacto positivo, 25% indiferente e 29% impacto negativo. "
Sensacional. Então as vendas tiveram impacto positivo para 46% dos comerciantes? Então a medida do prefeito foi excelente para quem mantém o comércio aberto na avenida nos fins de semana? Mas o Estadão, o vetusto, não quer deixar o pobre leitor concluir isto. Quer levá-lo pela mão no sentido contrário.
Para isto, utiliza da opinião do diretor de relações institucionais da Associação de Lojistas de Shoppings (Alshop), Luís Augusto Ildefonso da Silva. Antes de tudo, Silva afirma que a instituição "não tem opinião formada porque os próprios lojistas não sabem dizer o que vai acontecer".
Espremido pela reportagem, Silva faz uma suposição: "A atividade produtiva está bastante paralisada e fraca. Qualquer modificação que traga transtorno maior seguramente pode prejudicar a intenção já baixa que o consumidor tem", disse. Frise-se: "pode", sem afirmar que vai. Mas o mais interessante é que ele fala da atividade "produtiva". Oi? Mas não é o comércio da Paulista que está em jogo?
Não me perguntem porque a imprensa deste tipo corre célere para a falência. Eu nem questiono os "coleguinhas" do Estadão, que são forçados a repetir ad nauseam e de forma acrítica o que o jornal determina nas suas pautas. O jornalismo acabou. Infelizmente, o emprego destes jornalistas também vai acabar, tamanha a distância do que se publica da realidade.
O título é uma aula de como tentar apertar números para extrair leite de madeira. "25% dos comerciantes são contra fechar Paulista para carros, mostra pesquisa". Fantástico, não? A maioria foi deixada de lado, em lugar dela foi incensada a opinião da minoria. Faça as contas. Se 25% são contrários, então os outros 75% devem ser a favor ou, no mínimo, indiferentes.
Aí, o leitor curioso vai passeando na reportagem até encontrar, lá embaixo, quase perdida, a informação de que, "questionados se eram favoráveis à abertura da Paulista para pedestres, 50% disseram que sim, 25% se mostraram indiferentes e 25% afirmaram ser contrários. Em relação ao impacto nas vendas, 46% apontaram impacto positivo, 25% indiferente e 29% impacto negativo. "
Sensacional. Então as vendas tiveram impacto positivo para 46% dos comerciantes? Então a medida do prefeito foi excelente para quem mantém o comércio aberto na avenida nos fins de semana? Mas o Estadão, o vetusto, não quer deixar o pobre leitor concluir isto. Quer levá-lo pela mão no sentido contrário.
Para isto, utiliza da opinião do diretor de relações institucionais da Associação de Lojistas de Shoppings (Alshop), Luís Augusto Ildefonso da Silva. Antes de tudo, Silva afirma que a instituição "não tem opinião formada porque os próprios lojistas não sabem dizer o que vai acontecer".
Espremido pela reportagem, Silva faz uma suposição: "A atividade produtiva está bastante paralisada e fraca. Qualquer modificação que traga transtorno maior seguramente pode prejudicar a intenção já baixa que o consumidor tem", disse. Frise-se: "pode", sem afirmar que vai. Mas o mais interessante é que ele fala da atividade "produtiva". Oi? Mas não é o comércio da Paulista que está em jogo?
Não me perguntem porque a imprensa deste tipo corre célere para a falência. Eu nem questiono os "coleguinhas" do Estadão, que são forçados a repetir ad nauseam e de forma acrítica o que o jornal determina nas suas pautas. O jornalismo acabou. Infelizmente, o emprego destes jornalistas também vai acabar, tamanha a distância do que se publica da realidade.
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