quarta-feira, 20 Janeiro, 2016 - 14:30
Da propriedade de Olivan Lima Peres, localizada em Planaltina (DF), todo mês, saem cerca de mil caixas de pimentão para abastecer escolas e hospitais do Distrito Federal. Por meio dos programas de Aquisição de Alimentos (PAA) e da Alimentação Escolar (Pnae), o produtor, que é referência na região, comercializa 90% de sua produção. Mas nem sempre foi assim.
Segundo o produtor, o sucesso não seria tão grande sem o apoio da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). “Costumo dizer que sem a assistência técnica, nossa produção não funcionaria tão bem. Nós nos falamos todos os dias, para saber sobre a produtividade da terra, controle de praga e quais alimentos devo plantar para alternar a produção durante o ano. Ou eles vêm aqui ou eu vou lá”, conta Olivan.
Há 20 anos em Planaltina (DF), Olivan começou a receber auxílio do programa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) em 2015, quando tudo mudou. Além do rodízio de produção, foi por meio da Emater/DF que o agricultor familiar conheceu o Programa Mais Alimentos. A tecnologia impulsionou a produção de Olivan.
“Aumentamos a produtividade em 50%, bem como a qualidade do produto. E foi a Emater que me indicou o produto e até insistiu para eu acessar o crédito. Depois disso, as portas se abriram para mim”, afirma o produtor, que pretende acessar novamente o programa para adquirir um trator de menor porte.
O extensionista que mais assiste Olivan é o agrônomo Revan Geraldo Soares. Ele passa todos os dias nas casas da região. Na propriedade de Olivan, o agente de Ater ajuda na alternância da produção. “Em época de chuva, a gente dá prioridade para pimentão. Já na época de seca, ele entra com outra cultura, que pode ser o milho e o repolho, que é pra fazer a rotação e não ter doenças da mesma família, que vão prejudicar não só a produção como também a terra”, afirma.
Intercâmbio de experiências
Revan conta que não é só ele que ajuda o Olivan. O intercâmbio, a troca de experiências, é fundamental, segundo o agrônomo. “Como ele vai muito para feiras, faz muito cursos, ele me ensina muito, também. Mas tem produtor que você vai, oferece, mas eles não aceitam”, salienta.
Olivan concorda e critica os produtores que não aceitam a assistência técnica. “Um dos maiores erros do produtor é não aprender todo dia. Toda vez que ele vem aqui, eu aprendo com ele e ele comigo. É uma troca de experiências que faz todo mundo crescer”, observa ao realçar que o erro do produtor é achar que não precisa de auxílio técnico.
Ascom/MDA
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