Agricultora familiar, Maria Raimunda mora em Itapecuru-Mirim (MA) e será uma das beneficiadas. Investimento será de R$ 3,5 milhões
Publicado em 10/03/2016 14h20
Brasília – Às cinco da manhã, Maria Raimunda Corrêa, 59 anos, já está de pé, pronta para fazer a caminhada diária. Ela é agricultora familiar em Itapecuru-Mirim, no norte do Maranhão. “Tem que cuidar da saúde também. Às seis da manhã, eu já estou em casa. Tomo meu café e desço para a horta”, conta a agricultora familiar. Desde 2014, ela participa do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
As frutas e verduras que são colhidas no sítio vão direto para o PAA. Os produtos que sobram são divididos entre a feira livre e o consumo da família. Em média, Maria Raimunda recebe R$ 5 mil por ano com as vendas que faz ao programa. “Foi muito importante na minha vida. Com o dinheiro, pude melhorar minha casa, coloquei piso que não tinha e arrumei o meu quarto.”
Itapecuru-Mirim está entre os dez municípios que tiveram aprovadas suas Propostas de Participação no PAA para execução em 2016. Eles aderiram ao programa na modalidade Compra com Doação Simultânea e tiveram suas metas pactuadas com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
Nesta etapa, o MDS vai repassar aos municípios R$ 3,5 milhões, valor que vai beneficiar, além de Maria Raimunda, mais de 750 agricultores familiares. O investimento vai garantir que o programa alcance 115 entidades socioassistenciais. “Antes do programa, tinha coisa que a gente plantava e que não vendia. Agora a gente vende tudo para o PAA. Esse programa mudou muita coisa.”
Operação – Na modalidade Compra com Doação Simultânea, os alimentos comprados dos agricultores familiares são distribuídos às entidades da rede socioassistencial e aos equipamentos públicos de segurança alimentar e nutricional, como restaurantes populares, cozinhas comunitárias e bancos de alimentos.
Os gestores municipais e estaduais do PAA são responsáveis por articular produtores, recebendo e distribuindo alimentos e efetuando o lançamento da nota fiscal no sistema operacional do programa. O pagamento é feito diretamente aos agricultores familiares, por meio de cartão bancário.
Os termos de adesão permitem que governos estaduais e prefeituras executem as ações de maneira mais simples e ágil. Além disso, o acompanhamento e o monitoramento são realizados por meio de um sistema informatizado, alimentado pelos gestores locais, garantindo transparência e segurança.
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