"Esperaram, evidentemente, passar a votação do impeachment na Câmara. Divulgaram num sábado, dia de menor audiência. Fica até a desconfiança de que esperaram alguns deles regularizarem a sua situação", diz.
Miguel do Rosário, que assina a análise do Cafezinho, pontua que "o supro-sumo da "reportagem" de Fernando Rodrigues, do UOL, é a participação da Globo e família em alguns rolos (não tenho como usar outra palavra) que levam ao triplex de Paraty, mas a informação aparece apenas no meio do texto, quase escondida".
"Ao invés de começar pela Globo, a matéria começa falando de um tal de Antonio Luiz Droghetti Neto, ilustre desconhecido, acionista do SBT. A "reportagem" é incrivelmente cínica. Depois deste início insosso, ela fala de contas de um executivo da Globo, na Mossack Fonseca, devidamente declaradas. Ora, se são declaradas, por que a notícia? E por que começar por elas? Depois de um punhado de denúncias vazias e desinteressantes, o texto chega na parte que falará da propriedade dos Marinho, e aí começa mencionando... Lula! Não é piada! A nossa grande imprensa demorou meses para repetir o que a blogosfera já vinha publicando, sobre o estranho jogo de participações acionárias que liga a família Marinho à propriedade em Paraty. É muito curioso: Fernando Rodrigues divulga quase exatamente aquilo que já tínhamos descoberto", afirma.
"Ou seja, mesmo tendo acesso ao "maior vazamento" da história, Rodrigues não encontrou praticamente nenhuma novidade sobre as offshores dos Marinho! Ele repetiu quase exatamente aquilo que havíamos publicado, com meses de atraso! Estranho, não? Que vazamento vagabundo! Ele encontrou informações novas sobre executivos da Globo, aí sim, mas a informação quente, óbvio, são os esquemas da família mais rica do país, donos de uma concessão pública de TV. Quem se interessa pelos esquemas de peixinhos da mídia? Queremos saber dos tubarões, a Globo e seus donos!", complementa.
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