Posted: 06 May 2016 12:03 PM PDT
A perspectiva de que a presidenta Dilma Rousseff seja afastada após a votação da abertura do processo de impeachment pelo Plenário do Senado Federal, na próxima semana, assusta os moradores da Caatinga. O maior temor é que os anos de desenvolvimento que a região Nordeste vivencia desde o início do governo Lula fiquem para trás. A presidenta visita nesta sexta (6) a segunda estação de bombeamento (EBI-2) do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco, em Cabrobró. Segundo o Ministério da Integração Nacional, 86,6% das obras nos dois eixos estão concluídas.
“Se a Dilma sair o medo que eu sinto é que a gente volte a sofrer como era antes”, conta Cícero Joaquim, agricultor de 61 anos, morador da região de Cabrobró, em Pernambuco. “Ninguém nunca se interessou pelo Nordeste”.
Aline Santos, 18 anos, também é contra o afastamento da presidenta. Mas seus motivos são outros. Às vésperas de entrar numa faculdade, sabe que só concluiu o Ensino Médio por conta das escolas técnicas que surgiram na região nos últimos anos. “Olha, sou contra. Sabe a razão? Porque se não fosse por este governo eu nunca teria esta oportunidade”, acrescenta.
Sua mãe, Lucineide dos Santos Leite, que luta para criar um filho com deficiência auditiva, também sabe porque é contra a saída da presidenta. Graças a um curso no Pronatec ela conseguiu aprender a linguagem de libras para se comunicar com o menino. “Eu não quero que Dilma saia, como é que pode?! As pessoas não olham o lado da gente. Acho que o povo dos outros lugares não entende esta parte aqui. O Nordeste é muito sofrido”, argumenta.
Plantador de cebolas em Cabrobró e já beneficiado com parte da água que passa pelo canal, Joaquim Soares Neto, o Quinho de Bananal, 62 anos, acha que a presidenta está sofrendo uma injustiça. Para ele, a crise do Brasil está nas costas da oposição, porque não aprova os projetos de Dilma para o País voltar a crescer. “A oposição não se conforma porque foi derrotada nas urnas e quer tirar uma presidenta que trabalha em benefício da população mais pobre”, diz.
“Se a Dilma sair o medo que eu sinto é que a gente volte a sofrer como era antes”, conta Cícero Joaquim, agricultor de 61 anos, morador da região de Cabrobró, em Pernambuco. “Ninguém nunca se interessou pelo Nordeste”.
Lucineide: “Eu não quero que Dilma saia, como é que pode?! As pessoas não olham o lado da gente”. Foto: André Balocco/Blog do Planalto
O mesmo sentimento angustia Maricleide Taveiro, dona de casa de 40 anos, moradora do Vila Produtiva Rural (VPR) Retiro, em Penaforte, no Ceará. Ela teme que a água, que está cada vez mais perto de sua casa, acabe não chegando. Maricleide vive de um poço artesiano perfurado pelo governo que tem a água dividida por todos os moradores. Aqui, eles estão sendo educados a não desperdiçar o líquido a que antigamente não tinham acesso. “Se ela não sair, a água tem tudo para chegar logo. Aqui pertinho tem um canal”, conta. “Já fizeram muito por nós. Se sair, não sei o que vai acontecer”.Aline Santos, 18 anos, também é contra o afastamento da presidenta. Mas seus motivos são outros. Às vésperas de entrar numa faculdade, sabe que só concluiu o Ensino Médio por conta das escolas técnicas que surgiram na região nos últimos anos. “Olha, sou contra. Sabe a razão? Porque se não fosse por este governo eu nunca teria esta oportunidade”, acrescenta.
Sua mãe, Lucineide dos Santos Leite, que luta para criar um filho com deficiência auditiva, também sabe porque é contra a saída da presidenta. Graças a um curso no Pronatec ela conseguiu aprender a linguagem de libras para se comunicar com o menino. “Eu não quero que Dilma saia, como é que pode?! As pessoas não olham o lado da gente. Acho que o povo dos outros lugares não entende esta parte aqui. O Nordeste é muito sofrido”, argumenta.
Plantador de cebolas em Cabrobró e já beneficiado com parte da água que passa pelo canal, Joaquim Soares Neto, o Quinho de Bananal, 62 anos, acha que a presidenta está sofrendo uma injustiça. Para ele, a crise do Brasil está nas costas da oposição, porque não aprova os projetos de Dilma para o País voltar a crescer. “A oposição não se conforma porque foi derrotada nas urnas e quer tirar uma presidenta que trabalha em benefício da população mais pobre”, diz.
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