247 - A revista Veja foi objeto de mais desmentido envolvendo reportagens contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em nota oficial, o Ministério Público Federal negou ter feito ligação entre participação de Lula em negócios que favoreceram a construtora Odebrecht.
"Ministério Público Federal (MPF) esclarece que, ao contrário do que afirma a reportagem Conexão África, publicada pela Revista Veja (edição 2479), o procurador da República Ivan Cláudio Marx jamais afirmou que "é muito clara" a participação do ex-presidente Lula em um esquema para beneficiar a empresa Odebrecht junto a agentes públicos estrangeiros e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)", diz a nota. MPF diz ainda que a suposta irregularidade é objeto de uma investigação em andamento no MPF e na Polícia Federal, "não havendo nenhuma conclusão sobre o caso".
Na reportagem, a Veja havia dito que o ex-presidente Lula teria recebido benefícios por meio de contratos assinados em Angola entre a Odebrecht e seu sobrinho Taiguara Rodrigues dos Santos. "'A participação de Lula nesse esquema é muito clara. Falta definir a dimensão', diz o procurador Ivan Marx", afirma a reportagem desmentida pelo MPF.
O MPF aponta ainda que a entrevista do procurador concedida à Veja ocorreu antes da Operação Janus, deflagrada na última sexta-feira (20) e que não teve como foco o personagem Taiguara dos Santos. "O objetivo da conversa foi contextualizar a investigação e explicar os motivos que levaram à formação de um grupo de trabalho para apurar não só este caso, mas outros que também envolvem a liberação de financiamentos do BNDES à empreiteira Odebrecht para obras no exterior", diz o MPF.
Leia na íntegra a nota do MPF.
"Nota de Esclarecimento
O Ministério Público Federal (MPF) esclarece que, ao contrário do que afirma a reportagem Conexão África, publicada pela Revista Veja (edição 2479), o procurador da República Ivan Cláudio Marx jamais afirmou que "é muito clara" a participação do ex-presidente Lula em um esquema para beneficiar a empresa Odebrecht junto a agentes públicos estrangeiros e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A suposta irregularidade é objeto de uma investigação em andamento no MPF e na Polícia Federal, não havendo nenhuma conclusão sobre o caso.
Esclarece ainda que a entrevista - mencionada na reportagem - aconteceu antes da Operação Janus, deflagrada na última sexta-feira (20) e que não teve como foco o personagem Taiguara Rodrigues dos Santos, um dos alvos da operação policial e da matéria jornalística. O objetivo da conversa foi contextualizar a investigação e explicar os motivos que levaram à formação de um grupo de trabalho para apurar não só este caso, mas outros que também envolvem a liberação de financiamentos do BNDES à empreiteira Odebrecht para obras no exterior."
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