Para a bailarina e coreógrafa Antje Pfundtner, de Hamburgo, a dança é confirmação da vida.
“Quem sou eu? Quem sabe responder a esta pergunta? Faço melhor ainda”. Uma dança sucede a esta questão, a questão sucede à dança, até que palavra e movimento se emancipam como se fossem fórmulas, para chegar então ao absurdo. No entanto, para a bailarina e coreógrafa Antje Pfundtner, a questão da identidade é sempre um ato de comunicação, se não até de negociação. Na dança contemporânea atual, fala-se muito em cumplicidade. No entanto, este conceito não chega exatamente ao cerne da questão, seria demasiado superficial e limitador. Pois o que se negocia é nada menos que a própria arte, especialmente a arte da dança, seus princípios, formas de representação e narrativas, suas fricções com a história vivida individual ou coletivamente, até que a dança se torne no fim uma confirmação da vida.
Colaboração como motor
Em 2003, seu primeiro solo, eigenSinntornou-se de imediato um sucesso internacional. Naquele momento, a bailarina e coreógrafa, que tinha apenas 27 anos e de 1995 a 1999 havia estudado Dança Moderna na Hogeschool voor de Kunsten de Amsterdã, começava a trabalhar com a linguagem em suas coreografias. Desde então, ela vem experimentando com palavras e formas de narrativa. Com sua maneira teimosa e cheia de charme, Pfundtner gosta de manter o espectador em sua mira. Ela importuna, confronta, questiona, dá voltas matreiras e vira as costas de novo. É quando, por trás deste mundo até então ainda negociável, abre-se um outro universo, regido apenas pela poesia.
Magia no realismo
O mito teatro-dança
Ela trabalha com uma precisão acentuada, tanto como bailariana quanto como coreógrafa. A dinâmica e a forma são essenciais, tanto do ponto de vista estético quando de conteúdo, a dança nunca se dissolve num mero estado de espírito. Ela leva também tempo. Enquanto se desenvolve, ela transforma o acontecimento. A atenção com que Pfundtner trata as coisas, deixando a elas sua qualidade e sua poética intrínsecas, tinha antigamente algo de uma teatralidade beckettiana, que rejeita um sentido, e lembra recentemente cada vez mais as paisagens da alma de uma Pina Bausch. E Bausch, como se sabe, também gostava de apostar na cumplicidade com o espectador.
A música é a chave
Irmela Kästner
é jornalista e curadora, além de diretora artística da Tanziniative Hamburg. Vive em Hamburgo.
é jornalista e curadora, além de diretora artística da Tanziniative Hamburg. Vive em Hamburgo.
Tradução: Soraia Vilela
Copyright: Goethe-Institut e. V., Redação online
Julho de 2012
Julho de 2012
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