Egon Dionísio Heck
Assessor do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) Mato Grosso do Sul
Adital
Os povos indígenas desta região tem uma longa tradição de luta por seus territórios e direitos, de resistência. Já na década de 70 enfrentaram os invasores de suas terras e nas décadas seguintes tiveram que lutar contra as invasões das hidrelétricas, estradas, hidrovias e o latifúndio. Nos últimos anos, através dos processos intensivos de formação política e participação de mobilizações locais, regionais e nacionais, construíram processos de articulação, solidariedade com as lutas dos povos indígenas em nível nacional. As assembleias indígenas passaram a ser um desses espaços de articulação das lutas, de traçar estratégias comuns e animar a esperança e solidariedade.
Na conversa com a deputada federal Dorinha, Izabel Xerente foi dura ao denunciar a permanente perturbação em que vivem por causa dos brancos, por causa dos pistoleiros que estão assassinando os índios. Concluiu sua fala enérgica dizendo "Eu não tenho medo de morrer. Posso morrer encima dos meus direitos”.
Conforme Antônio Apinajé "vivemos em estado de apreensão, submetidos e ameaçados por uma campanha muito forte, contra nossos direitos e nossa esperança. Estamos sendo constantemente bombardeados por medidas que visam tirar nossos direitos”.
Porque estamos aqui
Com essa interrogação Jucélia Krahô disse querer dar um recado para o governo, pois os indígenas bem como os ribeirinhos, camponeses e outros estão muito tristes com o que o governo vem fazendo. "Nós somos o broto da terra. Queremos que o governo nos respeite. Somos impactados. Não quero que esses grandes projetos vá adiante. Estão querendo matar nosso povo com veneno”.
Comissão de Comunicação da 2ª Assembleia dos Povos Indígenas de Goias e Tocantins
Egon Heck e Antonio Apinajé –Cimi goto - Palmas 21 de maio 2013.
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