terça-feira, 7 de maio de 2013

Governos de 36 países utilizam um avançado software para espiar a seus cidadãos



 
RT
Organização Autônoma sem fins lucrativos TV-Novosti
Adital
Tradução: ADITAL

citizenlab.org
Os governos de 36 países estão utilizando um software avançado para espionar seus cidadãos, segundo revelou novo relatório do centro canadense de investigação Citizen Lab.
Trata-se do kit de ferramentas conhecido como FinFisher ou FinSpy, que se instala após o destinatário aceitar a atualização falsa de um software de uso comum. O kit foi programado para evitar ser detectado pelos programas antivírus.
A aplicação foi desenvolvida pela companhia britânica Gamma International UK Ltd, que vende seu produto exclusivamente aos governos.
O centro descobriu que o FinSpy "faz uso da marca e código do Mozilla”, o que o ajuda a despistar os usuários.
Morgan Marquis-Boire, um dos autores do relatório de Citizen Lab, citado pela AP, ressaltou que a extensão do FinFisher "realmente demonstra a ‘onipresença’ desse tipo de programa”.
Mozilla, a fundação que criou o navegador Firefox, não tardou em reagir ao relatório, acusando a Gamma International UK Ltd. de utilizar o navegador para que o FinSpy não seja detectado pelos usuários, o que tachou de uma tática abusiva, e exigiu que "pare imediatamente com essas práticas”.
No final do passado mês de março, o Partido Pirata da Alemanha acusou a Polícia Criminal Federal desse país de gastar milhões de euros no que qualificaram como "software de espionagem inconstitucional”, referindo-se a esse mesmo kit de ferramentas.
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O FBI pede 41 milhões de dólares para espiar internautas em tempo real
14 abril 2013
O FBI solicitou ao Governo Federal 41 milhões de dólares adicionais para solucionar alguns "déficits importantes" em sua estratégia para controlar conversas online dos estadunidenses, em tempo real.
Segundo o Escritório Federal de Investigação, os serviços de chat das redes sociais, os correios eletrônicos e outros tipos de novas tecnologias não podem ser facilmente ‘grampeados’, o que impossibilita o seguimento eletrônico de criminosos e de terroristas. Insiste em que a chamada ‘ciberiniciativa de nova geração’ que está promovendo deve supor uma mudança radical na maneira de enfocar as questões de cibersegurança.
Os 41 milhões adicionais que solicitam para o ano fiscal de 2014 servirão para contratar 36 empregados e para cobrir "outros gastos”. O FBI não precisa exatamente quais serão os gastos; porém, se cogita que a eles serão destinados 33 milhões dos 41 solicitados.
Cabe recordar que, há um ano, o FBI pede uma normativa legislativa que obrigue aos provedores de internet a instalar em suas plataformas ‘portas traseiras’ em forma de codificação adicional para facilitar a interceptação e a vigilância por parte do governo. Poder espionar as comunicações na Rede em tempo real é a maior prioridade de FBI em 2013.
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