terça-feira, 14 de maio de 2013

ONU/UNIFIL apresentam queixa a Israel




Fotos: dailystar

A força de paz da ONU no sul do Líbano apresentou uma queixa ao governo de Israel em razão do aumento de violações do espaço aéreo libanês, que ainda usou o espaço aéreo do país, para realizar ataques na Síria, e atingir supostos mísseis iranianos ligados ao Hezbollah. O Porta-Voz da ONU, Martin Nesirky, disse aos jornalistas na última terça-feira (7), que a UNIFIL, apresentou queixa contra as Forças de Defesa israelenses, pedindo-lhes que cessassem os voos sobre o espaço aéreo do Líbano, e que realizassem suas obrigações em conformidade com a Resolução 1701. A Turquia e o Irã, também condenaram os ataques israelenses sobre a Síria.

A ONU disse que mais de 70 mil pessoas já morreram no conflito sírio, nos últimos dois anos, e que Israel teme que seu posicionamento em relação ao conflito sírio aumente a comunidade islamita, que é mais hostil a ele, do que a família Assad, que tem mantido um impasse estável com o Estado judeu por décadas. Os dois ataques aéreos contra a Síria, ocorridos na madrugada da última sexta-feira (3) e domingo (5), destruiu mísseis aparentemente destinados ao Hezbollah. 

O Ministro das Relações Exteriores Interino, Adnan Mansour, confirmou que o Líbano apresentou uma queixa sobre as repetidas violações de Israel, enquanto o Primeiro-Ministro, Nagib Mikati, afirmou as tensões regionais aumentaram ainda mais, após o ataque israelense à Síria. "O Líbano condena a violação do espaço aéreo libanês por Israel, a fim de realizar uma agressão contra a Síria, como a ocorrida dias atrás, numa tentativa de inflamar a situação já tensa na região", disse Mikati. Seus comentários vieram após encontro com Embaixadores dos cinco países membros permanente do Conselho de Segurança, bem como, com o Coordenador Especial da ONU no Líbano, Derek Plumbly. 

O Sheikh Naim Qassem, Vice-Secretário-Geral do Hezbollah, afirmou que os ataques tinham como objetivo aumentar o moral dos rebeldes sírios. O Ex-Primeiro-Ministro do bloco Futuro, Saad Hariri, que também condenou a agressão, e pediu à Liga Árabe e ao Conselho de Segurança da ONU, para impedir Israel de realizar novos ataques. 

O líder do Movimento Patriótico Livre, Michel Aoun, disse que o ataque de Israel atingiu uma declaração de guerra, e questionou a resposta da ONU, às repetidas violações da soberania do Líbano, enquanto o líder do Partido Socialista Progressivo MP Walid Jumblatt, advertiu que os ataques seriam explorados por Damasco. O Presidente Michel Sleiman que condenou, veementemente, o ataque aéreo de Israel e o uso do espaço aéreo do Líbano.


Claudinha Rahme
Gazeta de Beirute 


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