18/12/2013 - 17h34
Aline Valcarenghi
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
No mês passado, os maestros Arthur Barbosa, Carlos Moreno, Cláudio Cohen, Eliseu Ferreira, Ricardo Castro, Carlos Lima, Amilson Godoy, Roberto Duarte e o produtor musical Lenir Boldrin estiveram na Venezuela para conhecer o trabalho desenvolvido pelo Sistema de Orquestras e Coros Juvenis, conhecido como El Sistema, que atende a 400 mil crianças e jovens. Eles voltaram entusiasmados para implantar o trabalho no Brasil.
"O entusiasmo dos maestros pela metodologia, e a análise que o ministério fez da profundidade da transformação em vários setores [com o ensino da música], não só da cultura, que esse projeto traz como benefício para sociedade e para as crianças nos fez repensar a importância do projeto", explicou Marta Suplicy.
Na Bahia, há um projeto baseado no El Sistema, que hoje atende diretamente a 900 crianças. De acordo com o maestro Ricardo Castro, o trabalho atinge a todas as classes sociais. "O caminho é incluir a música no processo de crescimento da criança. Assim como você ensina matemática, português e como sentar à mesa, a música é uma linguagem fundamental para qualquer ser humano. É obrigação do Estado dar acesso a essa linguagem, porque é um fator de crescimento universal", avaliou o maestro. Em janeiro de 2014, os maestros e a ministra da cultura vão conhecer o projeto baiano.
Os maestros ressaltaram na reunião que, em todo o Brasil, há pequenos e bons projetos de ensino de música que precisam de apoio. No momento, o Ministério da Cultura está definindo tanto a forma de como trabalhar a inclusão social pela música, quanto os instrumentos que vai comprar e encaminhar aos primeiros projetos que serão desenvolvidos.
Segundo a ministra, o projeto deve ser iniciado nos CEUs e depois ser implementado em outros espaços, de acordo com a aceitação dos gestores locais. "Temos toda condição de fazer um enfrentamento das mazelas sociais por meio da música", frisou a ministra.
Os CEUs são espaços com o objetivo de integrar programas e ações culturais, práticas esportivas e de lazer, formação e qualificação para o mercado de trabalho, serviços socioassistenciais, políticas de prevenção à violência e inclusão digital, de modo a promover a cidadania em territórios de alta vulnerabilidade social das cidades brasileiras. Até agora, foram entregues nove, e ate junho de 2014 devem ser concluídos mais 160.
Edição: Davi Oliveira
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