Posted: 10 Mar 2016 11:07 AM PST
Quando inserida no mosquito Aedes aegypti, a bactéria é capaz de reduzir a transmissão dos vírus dengue e chikungunya. Recentemente, também foi demonstrado que a Wolbachia pode fazer o mesmo em relação ao vírus zika.
Durante sua visita nesta quinta (10) à Fiocruz (Instituto Bio-Manguinhos), no Rio de Janeiro (RJ), a presidenta Dilma Rousseff acompanhou de perto a atual fase de desenvolvimento do projeto. O projeto faz parte do programa internacional ‘Eliminar a Dengue: Nosso Desafio’, que também realiza estudos na Austrália, Vietnã, Indonésia e Colômbia. No Brasil, os bairros de Tubiacanga, na Ilha do Governador, na cidade do Rio de Janeiro, e de Jurujuba, em Niterói, que participam do projeto.
Há ainda o projeto Unidades Disseminadoras, que funciona como uma armadilha com inseticida. Ao passar por ela, a fêmea do mosquito fica impregnada com a substância e a leva até o criadouro. Assim dissemina a ação inseticida e elimina as larvas até mesmo em focos não identificados pela população e pelos agentes de saúde.
Veja no vídeo abaixo como o método funciona
Mais da metade dos insetos do mundo possuem a bactéria Wolbachia. Depois de milhares de tentativas, a equipe do Programa ‘Eliminar a Dengue’, na Austrália, conseguiu introduzir a Wolbachia dentro do ovo do Aedes aegypti, através de microinjeções e sem o uso de qualquer tipo de modificação genética.
A bactéria é passada naturalmente da mãe para os filhotes. “Este é um diferencial do projeto, pois garante a sua autossustentabilidade sem a necessidade de liberações frequentes de Aedes aegypti com Wolbachia”, afirma pesquisador da Fiocruz Luciano Moreira, coordenador do projeto no Brasil.
No interior do recipiente há ovos de Aedes aegypti com Wolbachia, água e alimento para as larvas que vão nascer. Cerca de sete a dez dias depois da instalação do DLO, os ovos darão origem aos mosquitos adultos, que voarão gradativamente para fora do recipiente por meio dos furos.
“Estamos em busca de metodologias de liberação dos mosquitos Aedes aegypti com Wolbachia que sejam ao mesmo tempo mais eficazes e mais baratas. Devido à facilidade logística e ao menor custo, o DLO permite que áreas maiores sejam trabalhadas, possibilitando, no futuro, a ampliação da área de atuação do projeto”, explica o coordenador do projeto.
Com informações da Fiocruz
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