Teve uma época que a moda era criar cabras. Cloide e Lourdes Bonno, ambos com origem no meio rural de Castelo, tinham uma padaria e embarcaram na onda.
Como a realidade é diferente do sonho, aos poucos a onda foi diminuindo e parte do pessoal desembarcando. Cloide e Lourdes continuaram. A produção de leite cresceu, o leite passou a ser pasteurizado e virar queijo.
A fama da competência cruzou fronteiras. Pelo telefone um pedido para enviar seis quilos de queijo para o Rio de Janeiro. Pedido atendido e dinheiro no bolso.
Um dia na propriedade chega um Vectra do Rio de Janeiro, Cloide imaginou que era o pessoal do telefone. Na apresentação ficou esclarecido, o nome não conferia.
Com a tradicional calma e hospitalidade lá foi Cloide mostrar as cabras e o cuidado na hora de fazer queijos.
No final do dia a surpresa, os visitantes propuseram:
- Se você arrumar 300 quilos de queijo por semana, mandamos pegar aqui na propriedade e pagamos no primeiro dia útil da semana.
Cloide respondeu:
- Impossível, as minhas cabras não conseguem atender ao pedido.
Baixinho pensou:
- Se o pessoal que começou na mesma época tivesse continuado, o momento do retorno seria agora.
Cloide e Lourdes não ficaram somente com as cabras, possuem ainda café, milho, capineira e feijão, tudo adubado pelas cabras. Uma propriedade a caminho da auto-suficiência.
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