Após uma década de boom econômico, a América Latina enfrenta uma desaceleração econômica, mas para retomar o crescimento acelerado não bastam políticas sociais: a região precisa de uma mudança estrutural em sua economia, que tenha como um dos seus eixos o aumento do apoio às pequenas e médias empresas.
BBC Brasil
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Segundo a Cepal e a OCDE, a média do crescimento do PIB de países latino-americanos deve cair de 4,4%, em 2011, para 3,2% este ano, recuperando-se apenas parcialmente em 2013, ao atingir 4%.
"A América Latina está enfrentando uma situação econômica complexa com uma desaceleração do crescimento. Apesar de a região ter sólidos fundamentos macroeconômicos para aguentar uma queda da demanda no curto prazo, no médio prazo o cenário é menos favorável que na última década", diz o relatório, que atribui a desaceleração à queda na demanda externa por produtos latino-americanos e à volatilidade no preço das commodities, das quais muitos países são dependentes.
Em geral, as empresas de pequeno porte são as que mais contratam, mas também as que têm índices mais baixos de produtividade e oferecem os menores salários, como lembra o relatório.
"Uma redução da demanda externa vai expor os limites do atual padrão de crescimento que é baseado em produtos de baixo valor agregado e exportações de recursos naturais em muitos países", opinam a OCDE e a Cepal.
"Para vencer esses desafios e consolidar os ganhos recentes principalmente na área de redução da pobreza e desigualdade, deve ser dado apoio para uma mudança estrutural que reforce a diversificação da economia", explicam, acrescentando que "as pequenas e médias empresas na América Latina podem se tornar as catalizadoras dessa mudança estrutural e crescimento da produtividade".
Diferenças regionais
O relatório faz a ressalva de que, se comparado com economias de outras partes do mundo, mais duramente atingidas pela crise financeira, o cenário econômico latino-americano ainda é positivo.
Ao traçar um panorama da região com dados que vão até o primeiro semestre de 2012, ele mostra que o Brasil teve o segundo piordesempenho econômico, atrás apenas do Paraguai.
Nos dois primeiros trimestres do ano, o Brasil cresceu 0,8% e 0,5%, e o Paraguai teve recessão (-2,6% e -3,4%).
Os maiores destaques foram o Panamá, que manteve um índice de crescimento chinês, com uma expansão de 9,4% e 9,6% no PIB nos primeiros trimestres; a Costa Rica (7,9% e 5,7%) e o Peru (6,1% e 6,1%).
Panamá e Costa Rica também fazem parte, juntamente com o México e a Venezuela, do pequeno grupo dos países que, ao contrário da maior parte das economias latino-americanas, tiveram um desempenho melhor no início de 2012 que em 2011.
Segundo a Cepal e a OCDE, parte dessas exceções podem ser explicadas por uma recuperação da economia americana, da qual são relativamentes dependentes países da América Central e Caribe.
Nos dois primeiros trimestres do ano, o Brasil cresceu 0,8% e 0,5%, e o Paraguai teve recessão (-2,6% e -3,4%).
Os maiores destaques foram o Panamá, que manteve um índice de crescimento chinês, com uma expansão de 9,4% e 9,6% no PIB nos primeiros trimestres; a Costa Rica (7,9% e 5,7%) e o Peru (6,1% e 6,1%).
Panamá e Costa Rica também fazem parte, juntamente com o México e a Venezuela, do pequeno grupo dos países que, ao contrário da maior parte das economias latino-americanas, tiveram um desempenho melhor no início de 2012 que em 2011.
Segundo a Cepal e a OCDE, parte dessas exceções podem ser explicadas por uma recuperação da economia americana, da qual são relativamentes dependentes países da América Central e Caribe.

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