A cotação do café arábica voltou a cair em fevereiro e está sendo negociada no mesmo patamar do café conillon. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq-USP, a saca de café conillon equivale a 98% da do arábica. No mesmo período de 2012, a proporção era de 66%. Em fevereiro, a saca de café arábica foi comercializada, em média, a R$ 322,5, o que representa uma queda de 21,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em relação a janeiro deste ano, a queda passa de 6%.
Analistas de mercado acreditam que a queda do preço do café arábica está ligada à crença de operadores da Bolsa de Nova York em que os estoques brasileiros de café são maiores do que os divulgados pelo governo brasileiro.
"Eles acham que, a uma certa hora, o produtor brasileiro vai vender este café, que vai para o mercado mundial; por isso não há como subir em um curto prazo. É nisso que eles acreditam. Outra coisa que pesa na Bolsa de Nova York é a crise, isso cria um ambiente ruim. Por fim, há um sentimento de que, devido ao crescimento do café arábica no ano passado, estaríamos com um consumo um pouco menor agora em termos mundiais", explica o analista de mercado Eduardo Carvalhaes. A primeira estimativa oficial da safra de café, divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), traz uma previsão de safra entre 47 e 50 milhões de toneladas, quantidade inferior à que o mercado estava prevendo. Carvalhaes afirma que a demanda do mercado interno e externo deve provocar um equilíbrio do mercado.
"Os números da exportação brasileira de quando começou o ano-safra, que ocorre de julho a janeiro, do consumo interno, da estimativa de exportação, do consumo interno pela Abic [Associação Brasileira da Indústria do Café], esses números mostram que, de julho a janeiro, houve um desaparecimento de 29 milhões toneladas de sacas. Restam cerca de 22 milhões de sacas para atender os compromissos de exportação. Quando chegar junho, acabou essa safra, e aí existe um equilíbrio precário entre a produção brasileira e o consumo. Vem daí o raciocínio", aponta o analista.
Se a perspectiva de safra brasileira estiver certa, a tendência é de melhora dos preços nos próximos meses.
"Acho que por conta dessa safra menor, pode ter um período de recuperação de preços, lembrando também que estamos muito próximos, ou talvez até inferiores, à media de custos de produção", diz o analista de Mercado Roberto Costa Lima.
Preocupação
A desvalorização constante do café neste início de ano preocupa os produtores do grão de Minas Gerais. O preço da saca registrou queda de mais de 30% em comparação com o ano passado.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a estimativa para a safra de 2013 é próxima a 48 milhões de sacas, 25 milhões das quais deverão ser colhidas em Minas Gerais.
As informações são do DCI, adaptadas pelo CaféPoint.
Analistas de mercado acreditam que a queda do preço do café arábica está ligada à crença de operadores da Bolsa de Nova York em que os estoques brasileiros de café são maiores do que os divulgados pelo governo brasileiro.
"Eles acham que, a uma certa hora, o produtor brasileiro vai vender este café, que vai para o mercado mundial; por isso não há como subir em um curto prazo. É nisso que eles acreditam. Outra coisa que pesa na Bolsa de Nova York é a crise, isso cria um ambiente ruim. Por fim, há um sentimento de que, devido ao crescimento do café arábica no ano passado, estaríamos com um consumo um pouco menor agora em termos mundiais", explica o analista de mercado Eduardo Carvalhaes. A primeira estimativa oficial da safra de café, divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), traz uma previsão de safra entre 47 e 50 milhões de toneladas, quantidade inferior à que o mercado estava prevendo. Carvalhaes afirma que a demanda do mercado interno e externo deve provocar um equilíbrio do mercado.
"Os números da exportação brasileira de quando começou o ano-safra, que ocorre de julho a janeiro, do consumo interno, da estimativa de exportação, do consumo interno pela Abic [Associação Brasileira da Indústria do Café], esses números mostram que, de julho a janeiro, houve um desaparecimento de 29 milhões toneladas de sacas. Restam cerca de 22 milhões de sacas para atender os compromissos de exportação. Quando chegar junho, acabou essa safra, e aí existe um equilíbrio precário entre a produção brasileira e o consumo. Vem daí o raciocínio", aponta o analista.
Se a perspectiva de safra brasileira estiver certa, a tendência é de melhora dos preços nos próximos meses.
"Acho que por conta dessa safra menor, pode ter um período de recuperação de preços, lembrando também que estamos muito próximos, ou talvez até inferiores, à media de custos de produção", diz o analista de Mercado Roberto Costa Lima.
Preocupação
A desvalorização constante do café neste início de ano preocupa os produtores do grão de Minas Gerais. O preço da saca registrou queda de mais de 30% em comparação com o ano passado.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a estimativa para a safra de 2013 é próxima a 48 milhões de sacas, 25 milhões das quais deverão ser colhidas em Minas Gerais.
As informações são do DCI, adaptadas pelo CaféPoint.
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