terça-feira, 5 de março de 2013

A hegemonia econômica já pertence à China



 
RT
Organização Autônoma sem fins lucrativos TV-Novosti
Adital
Tradução: ADITAL

Desde 2011, as empresas chinesas investiram mais de 20.000 milhões de dólares na União Europeia o que supera duas vezes seu fluxo financeiro para os Estados Unidos, indica um relatório apresentado por um grupo de analistas independentes.
Essa tendência acontece em meio às recentes tensões entre Washington e Pequim no âmbito da ciberdefesa. Em fevereiro passado, o governo de Obama desatou uma luta contra os ataques informáticos que, supostamente, provém do país asiático.
O professor de política econômica Gregorio López Sanz qualifica a atual supremacia econômica da China de forte golpe à hegemonia dos Estados Unidos.
O especialista constata que a China acumula divisas em quantidades astronômicas e a Europa, com a crise, apresenta significativas oportunidades de negócio para a economia chinesa, "sobretudo àquelas empresas ligadas a setores estratégicos como a energia, as finanças”.
"Logicamente também no âmbito da geopolítica internacional, nesse caso, os EUA é o ‘inimigo a bater’ em termos econômicos e de hegemonia”, diz o especialista.
Segundo López Sanz, A China vai aumentando suas posições. Tanto na Europa como na América Latina e na África já fazem parte de toda essa "partida de xadrez”.
"Isso nos demonstra uma vez mais que a hegemonia dos Estados Unidos, que, após a queda do Muro de Berlin, parecia incontestável e que ia continuar crescendo, pois isso não é assim”.
"Evidentemente, nos encontramos em um mundo multipolar onde as diferentes regiões econômicas e políticas do planeta jogam seu papel e, portanto, isso é uma mostra mais de que a China hoje é o verdadeiro gigante econômico que impõe suas condições a boa parte do planeta e, portanto, apesar de que a hegemonia militar ainda pode estar em mãos dos EUA, a hegemonia econômica não cabe dúvida de que já está produzindo um importante giro, nesse caso, a favor da China, que está penetrando de maneira significativa em todos os continentes”.
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O G20 reconhece o fracasso do sistema econômico mundial promovido pelo FMI
2 março 2013
Os especialistas do G20 expressaram na última cúpula do organismo o fracasso na atualidade do modelo do sistema econômico. As mobilizações cidadãs demonstram em concreto a ineficácia do livre mercado de vários países desenvolvidos.
A ideia de que o livre mercado e a agressiva competição são os melhores propulsores da economia serviu durante muito tempo como receita para todos os males financeiros.
No entanto, a situação mudou quando a tormenta bateu às portas dos lares estadunidenses e europeus. Assim, um grupo de economistas do G20, analisando os últimos quebres no setor financeiro mundial, reconheceu o fracasso da ideia da autorregulação dos mercados, que se vê refletida nas crises que atravessam dos EUA, até a Grécia ou a Espanha.
A inexistência de todo tipo de controle provoca uma conduta irracional por parte de alguns ‘jogadores’ do mercado, corrupção total, evasão de impostos e uma carreira para alcançar a riqueza. E a principal razão do fracasso desse sistema, segundo os especialistas, é que funcionava em alguns países à custa das economias dos outros.
Segundo o exposto por um grupo de economistas do G20, é necessário reformar o sistema financeiro global agora mesmo, sem mais delongas, algo que antes nem se mencionava quando os problemas estavam longe das grandes economias desenvolvidas.
Por exemplo, a Ruanda, onde após dois anos de má colheita, o Fundo Monetário Internacional (FMI) propôs ao país seus prestamos sob a condição de que o Estado deixou de apoiar as indústrias domésticas de agricultores, já que contradizia a ideia de livre mercado.
Como resultado, viu-se uma queda drástica dos ingressos reais da população, que acabou com uma sangrenta guerra civil. Já podem encontrar exemplos como esse em inúmeros países, entre eles, muitos latino-americanos.
"O FMI converteu-se, sobretudo a partir dos anos 80, em um instrumento muito claro das políticas neoliberais e do monetarismo. O resultado é o que podemos apreciar hoje; ou seja, multiplicação de bolhas especulativas, explosão dessas bolhas, empobrecimento massivo, medidas brutais de austeridade contra as populações etc.”, assegurou o escritor Juan Domingo Sánchez, em declarações a RT.
"Em torno da América Latina, os exemplos são abundantes. Basta pensar na Argentina de Menen, que foi submetida a um autêntico saqueio, uma autêntica pilhagem”.
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BRICS substituiria o FMI por ser o motor do crescimento econômico mundial
2 março 2013
Os países Brics poderiam substituir o FMI já que o motor para o crescimento da economia mundial está em suas mãos, comenta a RT o economista Agustín D’Atellis.
A criação de um fundo de reservas conjunto que discutirá a aliança Bricas na próxima cúpula, no final de março –opina o economista- poderia reparar o "buraco deixado pelo FMI”, que "não conseguiu cumprir com seus objetivos” e cuja "governabilidade não é representativa do poder econômico mundial”.
"Ou seja, a forma em que são distribuídas as quotas e os votos no FMI hoje não refletem a arquitetura econômica mundial. Hoje, deveriam ter, principalmente, os países que constituem os Brics uma posição muito mais forte no FMI do que a que têm”, explica Agustín D’Atellis.
Segundo conclui o especialista, dada a dinâmica do crescimento econômico do bloco regional Brics, este "ocupa um lugar muito importante na arquitetura econômica mundial que não ocupava há tempos”.
O ministro de Finanças da África do Sul, Pravin Gordhan, informou que as reservas totais dos membros do grupo somam uns 4,5 bilhões de dólares e poderiam ser utilizadas em caso de dificuldades com as balanças de pagamentos ou em uma crise de divisas. Além disso, os líderes dos países estudam discutir a possibilidade de criar um banco de desenvolvimento regional e um fundo de comércio.

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