Tatiana Félix
Jornalista da Adital
Adital
No início deste mês de abril, o Movimento Unificado de Camponeses de Aguán (Muca), em Honduras, denunciou a descoberta de uma ossada humana enterrada em covas clandestinas na propriedade Paso Aguán do empresário e latifundiário Miguel Facusse Barjún, no departamento de Colón, que poderia ser de um dos cinco camponeses desaparecidos desde 2011. No último dia 25, o Comitê de Familiares de Detidos Desaparecidos em Honduras (Cofadeh) anunciou a exumação da ossada que, de acordo com o Observatório Permanente de Direitos Humanos de Aguán, pertencem a José Antonio López Lara, quem estava desaparecido desde 29 de abril de 2012.
Em virtude desta descoberta, o Observatório Permanente aproveitou para lembrar ontem (29) o desaparecimento de Francisco Pascual López de 39 anos, desde 15 de maio de 2011, na mesma propriedade em que foram encontradas as covas clandestinas, já que não é de hoje que o conflito por terras na região de Bajo Aguán provoca a morte e o desaparecimento de trabalhadores camponeses, e aponta como mandante destes atos violentos o latifundiário Miguel Facussé.
O Observatório também condenou o rapto de Gregorio Chávez Aranda em 2 de julho de 2012 na comunidade de Panamá, o qual foi encontrado enterrado dias depois no lote 8 da mesma propriedade Paso Aguan, sob custódia de guardas do referido latifundiário. Do mesmo modo, o Observatório Permanente de Direitos Humanos de Aguán relembra que em 8 de outubro de 2012 foram desenterrados os corpos de José Olivera (30 anos), Marco Hernández Gonzales (28 anos) e Oscar Daniel Sánchez Batista (26 anos) na propriedade Farallones também de Miguel Facussé, que permanece em constante vigia de seus guardas.
"Condenamos energicamente estes atos violentos com perdas de vidas de camponeses organizados e exigimos aos organismos responsáveis por justiça que investiguem de uma forma verdadeira e objetiva estes abomináveis atos e castiguem aos responsáveis materiais e intelectuais, para que estes fatos não continuem acontecendo”, expressou o Observatório.
Contexto
De acordo com organizações camponesas, nos últimos quatro anos o conflito por terras no setor de Aguán já matou centenas de camponeses/as líderes e integrantes de organizações do setor, deixou vários desaparecidos e outros presos vítimas de perseguição. De acordo com o Cofadeh, pelo menos cinco camponeses estão desaparecidos desde 2011 até agora.
Nesta região, empresários cultivam palma africana e apesar da presença do Exército e de o governo ter anunciado a compra de quatro mil hectares de terra destinada a camponeses, a violência na região ainda não cessou. Para os movimentos camponeses, a crise agrária e alimentar tem sua origem na aprovação da Lei de Modernização e Desenvolvimento do Setor Agrícola em 1992.
Notícias relacionadas:
Movimento responsabiliza Estado por mais um crime ocorrido ontem (25) em Bajo Aguán
Organizações internacionais condenam a persistência de assassinatos no Bajo Aguán
Em virtude desta descoberta, o Observatório Permanente aproveitou para lembrar ontem (29) o desaparecimento de Francisco Pascual López de 39 anos, desde 15 de maio de 2011, na mesma propriedade em que foram encontradas as covas clandestinas, já que não é de hoje que o conflito por terras na região de Bajo Aguán provoca a morte e o desaparecimento de trabalhadores camponeses, e aponta como mandante destes atos violentos o latifundiário Miguel Facussé.
O Observatório também condenou o rapto de Gregorio Chávez Aranda em 2 de julho de 2012 na comunidade de Panamá, o qual foi encontrado enterrado dias depois no lote 8 da mesma propriedade Paso Aguan, sob custódia de guardas do referido latifundiário. Do mesmo modo, o Observatório Permanente de Direitos Humanos de Aguán relembra que em 8 de outubro de 2012 foram desenterrados os corpos de José Olivera (30 anos), Marco Hernández Gonzales (28 anos) e Oscar Daniel Sánchez Batista (26 anos) na propriedade Farallones também de Miguel Facussé, que permanece em constante vigia de seus guardas.
"Condenamos energicamente estes atos violentos com perdas de vidas de camponeses organizados e exigimos aos organismos responsáveis por justiça que investiguem de uma forma verdadeira e objetiva estes abomináveis atos e castiguem aos responsáveis materiais e intelectuais, para que estes fatos não continuem acontecendo”, expressou o Observatório.
Contexto
De acordo com organizações camponesas, nos últimos quatro anos o conflito por terras no setor de Aguán já matou centenas de camponeses/as líderes e integrantes de organizações do setor, deixou vários desaparecidos e outros presos vítimas de perseguição. De acordo com o Cofadeh, pelo menos cinco camponeses estão desaparecidos desde 2011 até agora.
Nesta região, empresários cultivam palma africana e apesar da presença do Exército e de o governo ter anunciado a compra de quatro mil hectares de terra destinada a camponeses, a violência na região ainda não cessou. Para os movimentos camponeses, a crise agrária e alimentar tem sua origem na aprovação da Lei de Modernização e Desenvolvimento do Setor Agrícola em 1992.
Notícias relacionadas:
Movimento responsabiliza Estado por mais um crime ocorrido ontem (25) em Bajo Aguán
Organizações internacionais condenam a persistência de assassinatos no Bajo Aguán
Nenhum comentário:
Postar um comentário