Pesquisa divulgada nesta quinta-feira (19/9) pela Fundação Itaú Social, em conjunto com o Datafolha, revela que, após serem apresentados ao conceito de educação integral, nove em cada dez brasileiros dizem acreditar que ela é fundamental para as novas gerações do país.
Pedro Ribeiro Nogueira
Pedro Ribeiro Nogueira
Antes dessa etapa da pesquisa, 63% dos 2.060 entrevistados de todo país, diziam conhecer o conceito. Desses, 40% entendia educação integral como aumento do tempo na escola e 22% identificava o conceito com aumento do tempo na escola e participação em atividades culturais, esportivas, oficinas e cursos.
Tempo de escola
Entre os 10% que julgam irrelevante a educação integral, há uma porcentagem maior de pessoas das classes A e B. A explicação, segundo os autores da pesquisa, pode estar na possibilidade de arcar com cursos particulares para seus filhos. Entre a classe C/D e E, há uma percepção, em 23% dos casos, de que a educação em tempo integral pode evitar criminalidade, violência e uso de drogas.
Apesar de 50% dos pesquisados acreditarem que a educação em tempo integral melhora o nível da educação, 4% acreditam que mais tempo na escola pode ser cansativo. “Para nós, esse número serve como um alarme, uma tendência do que pode estar errado, do que precisa ser melhorado”, afirmou Marlene Treuk, do Datafolha.
Tendência
“Mesmo nas escolas onde o programa não consegue abarcar todos os estudantes, há um ‘transbordamento’. A instituição tem que mudar sua dinâmica, investir em formação de professores, beneficiando a escola como um todo”, avalia Patrícia Mota, que também lembrou que 72% dos entrevistados acreditam que a responsabilidade pela educação tem que ser do governo.
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