Angela Merkel conquistou um triunfo. Uma maioria de alemães a elegeu, no domingo (22). Aos 59 anos, ela cumprirá um terceiro mandato à frente da quarta maior economia do mundo. Mais do que continuidade política, é um imenso reconhecimento pessoal que está lhe sendo concedido. A Alemanha de Angela Merkel dominará a Europa dos quatro próximos anos.
Le Monde
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A chanceler Angela Merkel celebra com correligionários seu triunfo no pleito de domingo (22)
A chanceler encarna seu país melhor do que qualquer um da classe política alemã neste início de século 21. Prudente, pragmática, continuamente em busca de consenso, ela está em sintonia com os alemães. Ela é a quintessência do centrismo em uma Alemanha que não se atormenta com nenhuma tendência extremista – nem à esquerda, nem à direita. Que país feliz e que singular exceção europeia!
A chanceler alemã, Angela Merkel, eleita para um terceiro mandato naseleições gerais desse domingo (22), sorri durante encontro de seu partido União Democrática Cristã (CDU), em Berlim, na Alemanha. Seu partido conservador obteve o melhor resultado eleitoral em mais de duas décadas, mas sem alcançar a maioria absoluta
Com 41,5% dos votos, seu partido, a CDU (União Democrata-Cristã), se aproxima da maioria absoluta no Bundestag, o parlamento. Por não conseguir atingir a marca dos 5%, seu aliado liberal do FDP pela primeira vez foi despejado dessa assembleia. Pelo mesmo motivo, os anti-União Europeia do partido Alternativa para a Alemanha tampouco estarão presentes.
Provável aliado da CDU em uma futura coalizão, o SPD (Partido Social-Democrata) quase chegou a seu pior nível da história, com 25,7% dos votos. O resto da esquerda, sejam eles os Verdes (8,4%) ou a Die Linke (8,6%), também está perdendo terreno.
As fotografias reunidas por Menner incluem diversas imagens de agentes da Stasi recebendo bigodes e barbas falsas. Estima-se que a Stasi mantivesse uma forte vigilância sobre seus próprios agentes ? mais do que qualquer outra polícia secreta da História
Ela não está errada. Não se tem peso no cenário internacional, não se defendem seus interesses nem seus valores quando não se conta economicamente. Mas a chanceler flerta com o declínio estratégico quando rejeita tudo que poderia dar corpo a uma política externa e de defesa conjunta.
Tradutor: Lana Lim
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