Posted: 17 Sep 2014 11:22 AM PDT
Um simulado para treinar as equipes de saúde a um eventual caso suspeito de ebola em viajante internacional
foi realizado na terça-feira (16) no Aeroporto Internacional de São Paulo/Guarulhos, a maior porta de entrada internacional no País, e no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, hospital de referência. O exercício, parceria do Ministério da Saúde com a Secretaria Estadual de São Paulo, envolveu a participação de 150 pessoas. “Embora a chegada ao País de um viajante com a doença seja pouco provável, o exercício serve para conferir se todos os procedimentos transcorrem como o planejado”, observou o secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. Ele explicou que o exercício faz parte do processo de preparação dos planos de emergência e dos protocolos para atendimento a possível caso suspeito da doença. Também tem como finalidade a capacitação dos profissionais e órgãos envolvidos, simulando a circunstância de ocorrência de caso suspeito. “Isso dá mais segurança para as equipes diante de uma situação real que, mesmo pouco provável, se acontecer, eles estarão melhor preparados”, explicou o secretário. Uma outra simulação foi realizada há duas semanas no aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão, a segunda maior porta de entrada internacional do Brasil. O próximo exercício deverá ocorrer em um porto internacional. SimulaçãoA ação teve início com a simulação da comunicação por parte de um comandante da aeronave às autoridades sanitárias sobre caso de passageiro jornalista, 25 anos, de nacionalidade alemã que apresentou febre quatro horas depois de ter embarcado em voo para o Brasil. O profissional, segundo a história da simulação, trabalhara em Serra Leoa, um dos países afetado pelo ebola, e embarcou, com o vírus incubado, na companhia da esposa e de dois amigos, de Bahrein, no Oriente Médio, para o Brasil. A partir daí, equipes envolvidas na resposta colocaram em prática protocolos vigentes. Foi realizada transferência do avião para área remota, isolada do aeroporto, como é feito em situação real. Um funcionário do aeroporto, que havia sido preparado para atuar como passageiro com sintomas da doença foi retirado pelas equipes do Corpo de Bombeiros, trajando equipamentos de proteção individual recomendados e com a ambulância envelopada. Após receber o primeiro atendimento pelos profissionais de saúde, houve remoção do suposto paciente pela unidade do Corpo de Bombeiros – preparada para realizar esse transporte sem riscos de contaminação – ao Instituto de Infectologia Emílio Ribas. O suposto paciente recebeu atendimento e foi coletada amostra do seu sangue para realização do teste confirmatório. A amostra foi acondicionada segundo normas de biossegurança internacional. Enquanto o suposto paciente era transferido e atendido, profissionais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) iniciaram entrevistas individuais com cada um dos supostos passageiros e tripulantes para coletar dados, identificar quem teve ou pode ter tido contato com secreções corporais ou quem apresentava sintomas semelhantes ao do suposto paciente. Além do Ministério da Saúde e Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, a ação teve participação da Polícia Federal, Infraero, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); Instituto de Infectologia Emílio Ribas; Corpo de Bombeiros; Gol Linhas Aéreas e GRU Airport. A simulação não alterou o funcionamento normal do aeroporto. |
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