12/11/2014 17:39
Há dois anos, Joaquim Fernandes de Castro vende hortaliças e frutas para o Programa de
Aquisição de Alimentos. Com o dinheiro, o quilombola já comprou um carro para transportar o que produz
Brasília, 12 – Joaquim Fernandes de Castro, 54 anos, mora na comunidade quilombola Fazenda Ema,
a 22 quilômetros de Teresina de Goiás (GO). Ele sempre viveu da agricultura, mas o que ganhava era
pouco e incerto para sustentar a família – esposa e seis filhos. O agricultor conta que melhorou de vida
há dois anos quando passou a vender hortaliças e frutas para o Programa de Aquisição de Alimentos
(PAA), estratégia que integra o Plano Brasil Sem Miséria e possibilita a superação da pobreza no campo
com a inclusão de pequenos agricultores em uma rota produtiva. “O que está dando dinheiro é o mamão
e a mandioca”, diz ele.
Perseverante, Joaquim comercializou, no ano passado, o limite do PAA para o produtor individual:
R$ 4,5 mil. Com o dinheiro e mais o que lucrou com a venda de quase 200 quilos de sementes nativas
de capim-andropogon, comprou seu primeiro carro – um Uno Mille, ano 1991. “Paguei R$ 5,5 mil e não
me arrependo”, conta o quilombola, orgulhoso.
Com o carro, ele transporta a produção até a cidade e leva os filhos à escola. Mas nem sempre foi assim.
“Já teve tempo que carregava um saco com 20 quilos por dois quilômetros até a rodovia. Depois, pegava
um ônibus ou uma carona até a cidade para vender a produção”, lembra o agricultor, que planeja
“comprar um carrinho melhor”. Antes, quer aumentar o que produz e, consequentemente, a renda
da família.
Beneficiária do Bolsa Família, a esposa de Joaquim, Cenira Castro, trabalha como merendeira em
uma escola municipal. Com o benefício, comprou fogão e geladeira. “O Bolsa Família ajudou na educação
dos meninos e a comprar comida, roupas, fogão e geladeira. Ajudou em tudo”, garante Joaquim, que
cultiva, para o consumo da família, milho, feijão, arroz e batata.
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