quinta-feira, 12 de março de 2015

Bancos de Sementes apoiam inclusão produtiva de agricultores no Semiárido


11/03/2015 09:50
Projeto lançado nesta quarta-feira (11) vai promover a autonomia e a inclusão social de 12,8 mil famílias de baixa renda da região

Brasília, 11 – 
Um banco onde os agricultores familiares do Semiárido podem retirar sementes de qualidade, sem modificação genética e adaptadas às regiões, com maior produtividade. Este é o Programa Banco Comunitário de Sementes Crioulas, lançado nesta quarta-feira (11), em Gravatá (PE), que permite que os produtores de baixa renda tenham mais liberdade de decisão sobre o momento de plantar e o que plantar.


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O governo federal vai apoiar a implantação de 640 unidades no Semiárido, para atender pelo menos 12,8 mil famílias rurais que fazem parte do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal, que já receberam cisternas de consumo e de produção por meio Programa Água Para Todos e que tenham a Declaração de Aptidão do Pronaf (DAP).

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) estão investindo R$ 21 milhões para estruturar 600 Bancos de Sementes. Os outros 40 serão financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que ainda repassa recursos para reformar e qualificar outras 360 unidades que já estão em funcionamento. A execução fica a cargo da Associação Programa Um Milhão de Cisternas para o Semiárido (AP1MC).

A ministra Tereza Campello destaca que o projeto é mais uma etapa da rota de inclusão produtiva rural das famílias do Semiárido. “As sementes, combinadas com a garantia de água para consumo e produção, juntamente com assistência técnica, recursos de Fomento e apoio à comercialização terão efeitos surpreendentes na vida dessa população para a convivência com a seca.”

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Um dos grandes diferenciais da ação é que parte da própria experiência dos agricultores com as sementes crioulas, uma oportunidade de construção do conhecimento a respeito do patrimônio genético que está preservado na região. “O patrimônio das famílias está associado à identidade, a alimentação, mas também envolve um sentimento de preservação do que foi cuidado por gerações”, afirma Antonio Barbosa, coordenador da AP1MC.

Para a estruturação dos Bancos, o projeto vai identificar os beneficiários e os locais para sua implantação, além de mobilizar os agricultores familiares para que participem de capacitação para a produção e multiplicação das sementes, para preservar o patrimônio genético dos alimentos da região. Estão previstas também capacitações sobre manutenção e gestão dos bancos comunitários.

Inclusão Produtiva – Dentro da estratégia de inclusão das famílias agricultoras, o governo federal já entregou, desde 2003, mais de 1,1 milhão de cisternas de água para consumo humano no Semiárido. No mesmo período, foram implantadas 112 mil tecnologias sociais de captação de água da chuva para apoiar a produção.

E, por meio do Programa de Fomento às Atividades Produtivas Rurais, em todo o país, 147 mil famílias receberam recursos do governo federal para investir em projetos produtivos e 358 mil famílias de baixa renda estão sendo acompanhadas por técnicos de Assistência Técnica e Extensão Rural.

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