Brasília (25/03/2015) - Em audiência, nesta quarta-feira (25), na Comissão de Agricultura,
Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, a ministra Kátia Abreu
apresentou aos deputados as prioridades do Ministério da Agricultura para os próximos anos. Destacou
as ações na defesa sanitária e o trabalho realizado para ampliar as exportações de produtos brasileiros.
Entre as medidas destinadas a ampliação das exportações, a defesa agropecuária terá “prioridade máxima”,
garantiu a ministra. Lembrou ainda que ocorrerá o lançamento, previsto para 28 de abril, do Plano
Nacional de Defesa Agropecuária, com presença de representantes de 80 países. “Queremos que o
mundo perceba que a iniciativa privada e governo estão unidos, preocupados com o aprimoramento
da defesa”, disse.
“Vamos estimular a independência financeira no campo”
Kátia Abreu colocou em evidência o projeto do Mapa destinado à classe média rural. O quadro atual
dessas famílias, afirmou, é de imensa pobreza e dispersão da renda, situação que o ministério
pretende reverter garantindo produtividade e corrigindo imperfeições de mercado. “Será um programa
pragmático. Não se trata de distribuir um pacote de benesses, muito pelo contrário. Vamos estimular a
independência financeira desses produtores. Não queremos ilhas de prosperidade no campo, queremos
um continente de prosperidade”, disse a ministra aos deputados.
Os deputados questionaram os eventuais impactos na agricultura provocados pelos ajustes fiscais
implementados pelo governo federal. Kátia Abreu afirmou que não há motivo para preocupações
e que o Mapa “não abrirá mão” de custeio agrícola, seguro agrícola e defesa agropecuária.
Moderforta e Plano Safra
O ministério continuará priorizando também, de acordo com Kátia Abreu, o Moderfrota, o Plano ABC
e o programa de armazenagem. “Fiquem tranquilos que nada acontecerá para prejudicar nossos
produtores”, afirmou. “No Plano Safra, eu garanto a vocês que não teremos nenhum mecanismo
que inviabilize a agricultura brasileira”, completou. Eventual aumento de juros na safra 2015/2016,
disse, será “compatível” com a atual situação dos juros gerais no país.
A ministra disse ainda que a presidente Dilma Rousseff está empenhada em ajudar a agropecuária e que
o ministro Joaquim Levy (Fazenda) “tem enorme abertura para conhecer e dar prioridade ao setor”.
“Temos um espaço interessante de diálogo e estou confiante que a agricultura responderá rápido e à
altura do que a economia brasileira necessita”, reforçou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário